Vasco Cordeiro quer PS a liderar reforço das autonomias regionais em matérias como a descentralização e o Mar

PS Açores - 26 de maio, 2018
“Tem sido o PS o Partido das Autonomias”, afirmou Vasco Cordeiro, defendendo por isso, que o “Partido Socialista, deve manter a liderança nesse processo de reforço e aprofundamento das Autonomias Regionais”. O Presidente do PS/Açores intervinha no 22º Congresso Nacional do Partido, que se realiza na Batalha, concelho de Leiria. Autonomia, Descentralização e Mar foram os temas em destaque no discurso do líder dos socialistas Açorianos. Sobre as Autonomias, Vasco Cordeiro fez questão de reafirmar “o orgulho que o Partido Socialista pode e deve ter no seu papel de Partido fundacional e reformador das autonomias regionais”. Recordou “o compromisso constante” do PS, tanto a nível nacional como regional: “na Assembleia Constituinte, nas sucessivas revisões da Constituição, na Lei de Finanças das Regiões Autónomas e, mais recentemente - já com o nosso camarada António Costa -, na correção de uma injustiça histórica que tratava os Açorianos, que necessitavam de recorrer ao Serviço Nacional de Saúde, como portugueses de segunda”. Agora, defendeu o Presidente do PS/Açores, “num momento em que tanto se fala de descentralização, num momento em que o PS ergue bem alto esta bandeira, é oportuno lembrar que as autonomias regionais são o caso de descentralização mais bem-sucedida da história do Portugal democrático”. No entanto, como fez questão de sublinhar, “este caso de sucesso não pode, nem deve, ficar guardado, estático, a ganhar pó, no baú das recordações. Deve ser aprofundado, deve ser aperfeiçoado, deve ser reforçado e o Partido Socialista, deve manter a liderança nesse processo” Vasco Cordeiro considera que esse papel de reforço deve ser feito “com os órgãos de governo próprio das Regiões”, ao nível da “arquitetura institucional das Regiões Autónomas”, como é o caso da “entrada em novas áreas de intervenção e em novas áreas de competência, como é o caso do mar”. O líder do PS/Açores defendeu ainda que “não é possível falar de descentralização sem, mais cedo ou mais tarde, falar do reforço e aprofundamento das autonomias regionais”. A nível interno do Partido, Vasco Cordeiro classificou de “prematuro”, “apressado” e “precipitado” o debate sobre “com quem e como devemos ir no pós-2019”, considerando que “significa prescindir já daquilo que me parece legitimo, possível e desejável que é, o Partido Socialista pedir aos portugueses um reforço de confiança, que se traduza numa maioria absoluta nas próximas eleições legislativas. É legitimo pelo passado e pela importância do Partido Socialista. É possível pelos bons resultados da governação do Partido Socialista e é desejável porque o compromisso do Partido Socialista com o País e com os portugueses não deve estar subordinado aos interesses de outros partidos, sejam eles quais forem”, acrescentou. Vasco Cordeiro recusou ainda “por completo” a ideia de que os bons resultados que têm sido alcançados pelo PS, nos últimos dois anos e meio, tenham sido por arrasto dos partidos à esquerda: “É falso! O PS é o garante do equilíbrio virtuoso entre vários interesses em presença: A saúde das nossas finanças públicas, o Estado Social e a responsabilidade e respeito pelos nossos compromissos internacionais, e os partidos que apoiam este Governo, são instrumentais para garantir esse equilíbrio virtuoso e, é por isso que a prioridade que nos deve mover, é a de governar bem, com resultados”.