Comunicado: Direita açoriana já desistiu de defender os interesses da Região

PS Açores - 6 de fevereiro, 2018
A direita açoriana ainda não sabe como justificar o apoio entusiástico com que acolheu a avalanche de austeridade e privatizações do Governo de Passos Coelho, Portas e Sérgio Monteiro. Quando colocados perante as consequências negativas da privatização dos CTT, que se fazem sentir de forma especial nos Açores, os líderes do PSD e do CDS-PP na Região insultam o Governo Regional e o seu Presidente e procuram desculpas na governação da República nos idos de 2011, mas nada têm para dizer de concreto aos Açorianos sobre a venda apressada e mal negociada dos CTT ao setor privado. As encomendas não chegam aos Açorianos e a culpa é, imagine-se, do Governo do PS de 2011. As estações de proximidade fecham e a culpa é, imagine-se, do Governo da República de há sete anos atrás. Os Correios prestam um serviço caótico, descoordenado e que relega para segundo plano as Regiões Autónomas e a culpa é, imagine-se, do Governo dos Açores e, em especial, do seu Presidente! Quem não tem culpa alguma é o Governo de Passos Coelho, Portas e Sérgio Monteiro, que, de facto, privatizou sem garantias os CTT, tal como fez com a ANA e com a TAP. Quem não tem responsabilidade é a própria Administração dos CTT privatizados, que menospreza os Açores e não faz bom uso do espaço que a SATA reserva nos seus voos para carga proveniente do continente.  O tom utilizado por Duarte Freitas e Artur Lima para criticar o PS e o Presidente do Governo é a prova acabada de que a direita açoriana já desistiu de defender os interesses da Região e dedica todas as suas forças a deitar abaixo o Governo e o PS, mesmo que isso implique alinhar ao lado daqueles que prejudicam diariamente os Açorianos. Está azeda e agastada a oposição de direita nos Açores. Transforma todos os momentos em que devia estar ao lado dos Açorianos em episódios de guerrilha político-partidária. Já não é capaz de discernir o que é de interesse regional e o que é apenas um pequeno anseio partidário. É pena que tenhamos chegado a este ponto. Ao PS, e a todos aqueles que fazem política de boa-fé, compete continuar a batalhar pela defesa dos legítimos direitos dos Açorianos, contra quem tiver de ser.