“Nós não temos vergonha dos nossos 20 anos, por isso não temos necessidade de esconder os nossos 20 anos - como nos parece que às vezes o PSD gosta de fazer”, referiu o deputado José Contente durante o debate sobre a Estratégia Regional de Combate à Pobreza e Exclusão Social. Conforme fez questão de realçar a bancada socialista durante a interpelação desta terça-feira, os primeiros 20 anos de governação autonómica não podem ser ignorados e a pobreza nos Açores não começou com os Governos do PS, mas foi com os socialistas que este problema deixou de ser escondido e passou a ser encarado e combatido.
José Contente referiu um conjunto de indicadores úteis para compreender o percurso da pobreza que ilustram o ponto de partida do Governo do PS em 1996 e a evolução positiva até hoje. “A população empregada em 1996 era de 89 mil 900 pessoas e agora são 112 mil 351; a formação profissional em 1996 tinha 430 alunos e agora são mais de 2600; o número de escolas profissionais em 1996 eram cinco e hoje são 17; havia 1349 idosos nos centro de convívios e em 2017 há 3 230; o apoio ao domicílio era de 1452 e agora são de 1751; em 1996 os Centros de Atividades Ocupacionais recebiam 89 utentes e em 2017 531; o complemento de pensão a idosos não existia e agora são 35 mil idosos que recebem esse apoio”, elencou o deputado José Contente, para demonstrar as melhorias que se estavam a alcançar na Região.
No entanto, conforme recordou Graça Silva, as medidas de austeridade, provocaram um grande retrocesso: “O diagnóstico deixa bem claro que há um ‘antes’ e um ‘pós’ Governo de Passos Coelho e Paulo Portas que, com a sua crença nas medidas de austeridade, que sendo mais ‘austeritários’ do que a própria Troika, deixaram o País com índices de pobreza e de desemprego, nunca vistos na história da democracia Portuguesa”.