O “esclarecimento” da Comissão Política Regional do PSD/Açores, ontem emitido, é a demonstração acabada do estado a que chegou este PSD/Açores, presidido pelo Deputado Duarte Freitas.
Sem refutar nenhuma das críticas que tinham sido feitas à posição passiva e conivente do PSD/Açores e dos seus dirigentes enquanto o Governo da República foi liderado por Passos Coelho, o suposto “esclarecimento” assume, antes, o caráter de uma declaração de ódio político, atacando pessoalmente membros do Governo e lançando suspeições sobre toda a Administração Pública, com o objetivo único de fugir ao incómodo de justificar as suas omissões na defesa dos interesses da Região.
Renegando o seu património de partido responsável, este PSD é assim. Revoltado e rancoroso, incapaz de aceitar o juízo eleitoral dos Açorianos. Por isso, transforma todas as suas insuficiências em ataques pessoais aos adversários e todas as suas incapacidades em supostos abusos alheios.
O PS/Açores valoriza o diálogo democrático e sã convivência entre quem pensa de forma diferente, em nome do respeito mútuo e da tolerância. Por isso, não pode deixar de repudiar mais esta tentativa de transformar o debate político numa arena de combate e num fórum de maledicência. Para isso, o PSD do Deputado Duarte Freitas terá de procurar outros interlocutores.
A missão de, em representação do Povo Açoriano, procurarmos as melhores soluções para o nosso futuro coletivo deve ser desempenhada com elevação, respeito e responsabilidade. Ódios pessoais, suspeições infundadas, enredos e boatos, são instrumentos de ataque usados por aqueles que deixaram de acreditar nas suas próprias capacidades e perderam a convicção naquilo que dizem propor.
O PSD do Deputado Duarte Freitas cedeu, há muito, ao desespero e à tentação de transformar o espaço político num lodaçal de ressentimento e difamação. Na defesa de uma democracia madura e sensata, o PS/Açores nunca fará parte deste estado de coisas. A nossa causa são os Açorianos e as suas condições de vida. Interessa-nos muito pouco as condições de sobrevivência política do líder daquele que se diz o principal partido da oposição.