“Lamentamos a tentativa do PSD Açores de ludibriar os açorianos em relação aos subsídios de férias”, afirma Berto Messias

PS Açores - 18 de junho, 2013
O Presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores denunciou, esta terça-feira, a hipocrisia e o descaramento político do PSD/Açores relativamente ao pagamento do subsídio de férias. Berto Messias que falava no plenário da Assembleia Legislativa dos Açores afirmou que “não é aceitável que os deputados do PSD/Açores aprovem na Assembleia da República, que o subsídio de férias deve ser pago em Novembro, incluindo nas administrações públicas regionais, e na semana seguinte digam que nos Açores o subsídio de férias deve ser pago em Junho. É lamentável esta tentativa de ludibriar os açorianos. Lamento esta postura. O sistema político regional precisa de um PSD ativo e responsável, pronto para ajudar a desenvolver a nossa terra, mas, mais uma vez, este PSD mostrou que não está à altura dos tempos, facto que lamentamos profundamente”. O líder parlamentar socialista saudou os anúncios do Governo Regional relativamente ao pagamento dos subsídios de férias em Julho bem como a decisão de não aplicar na Região a Lei de Mobilidade Especial. “Pela estabilidade laboral que garante, pelo respeito pelos direitos dos trabalhadores e pela correção de uma injustiça tremenda imposta aos trabalhadores pelo Governo do PSD e do CDS quando confiscou o subsídio de férias aos trabalhadores, estas decisões do Governo dos Açores provam, mais uma vez, que a via açoriana para o desenvolvimento não é mera retórica politico-partidária, mas sim uma evidência e uma realidade materializadas todos os dias pela ação política do Governo Regional do Partido Socialista”. Berto Messias realçou ainda “as diferenças evidentes entre a estabilidade existente no sistema educativo regional na realização dos exames na Região, por não haver greve dos professores, em absoluta contradição com a instabilidade que se viu nos últimos dias no nosso país”. Recordando o último debate parlamentar realizado em Maio em que o tema do subsídio de férias motivou fortes críticas da oposição, Berto Messias afirmou esperar que o Bloco de Esquerda pedisse desculpa ao Parlamento e assumisse que se enganou ao ter dito que o Governo Regional não pagava os subsídios de férias por estar impedido pelo Memorando de Entendimento assinado com a República. “Mais uma vez se provou que o Bloco de Esquerda não tinha razão e que errou redondamente a sua leitura política desta questão”. Referindo-se no debate parlamentar “aos porta-vozes do Governo da República na Região”, Berto Messias considerou que, “em poucos dias o PSD e o CDS foram completamente desmentidos no que tinham dito no último plenário de Maio”. Messias citou o líder do CDS que, na ocasião, afirmou: “é a prova mais do que evidente de que o Governo Regional não tem dinheiro e não pode pagar e que o orçamento não comporta isto. E o PS, mais uma vez, criticando o Governo da República vem fazer a mesma coisa ou pior que o governo da República”. Berto Messias citou ainda as acusações de Artur Lima que afirmou: “a vossa coerência e seriedade é dizer uma coisa num dia e o seu contrário, porque os senhores estão falidos”. Artur Lima insistiu ainda acusando o Governo e o PS de “ter uma estratégia de atirar o pagamento dos subsídios para o mais próximo possível das eleições autárquicas. Esta é a realidade e o tempo encarregar-se-á de me dar razão”, dizia o líder do CDS. Depois de citar o Deputado Artur Lima, Berto Messias afirmou que “o tempo, mais uma vez e outra vez, não lhe deu razão”, afirmou Berto Messias. O líder da bancada socialista terminou a sua intervenção com uma referência ao maior partido da oposição lamentando a falta de coragem política da direção do Grupo Parlamentar para justificar-se e debater com o PS a sua posição relativamente ao subsídio de férias. “Mais uma vez é lamentável essa tentativa de enganar os açorianos. Admito que a nova liderança do PSD mostrou uma nova energia aquando da sua eleição. Infelizmente, hoje nota-se que isso era apenas fogo de vista. Mais uma vez, o PSD provou que prefere fazer politiquice menor em vez de defender verdadeiramente os Açores e os açorianos”.