“PS quer o máximo consenso na Reforma do Serviço Regional de Saúde. A proposta não está fechada e todos devem apresentar contributos positivos”, afirma Berto Messias

PS Açores - 13 de junho, 2013
O Presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores apelou, esta quinta-feira, ao sentido de responsabilidade dos partidos de oposição relativamente à Reforma do Serviço Regional de Saúde. “O documento apresentado não se encontra fechado. Certamente que há vários aspetos que podem e devem ser melhorados. O PS está a trabalhar para apresentar os seus contributos. Seria bom que os partidos da oposição participassem, de modo construtivo e responsável, nesse debate. Apelamos por isso que haja um esforço de consenso. O PS e o Governo já manifestaram grande abertura e disponibilidade. Esperamos que, em benefício do interesse público e da salvaguarda do debate democrático, se abandone o discurso radical e o tom alarmista. Os açorianos esperam dos responsáveis políticos serenidade, diálogo e sentido de responsabilidade”, afirmou Berto Messias. Na sessão de encerramento das Jornadas Parlamentares do PS/Açores sobre a Reforma do Sistema Regional de Saúde, o líder da bancada socialista no parlamento açoriano ressalvou que o documento proposto pelo Governo Regional contou com a colaboração dos parceiros sociais e dos partidos políticos. “Temos ouvido com grande atenção os alertas e as recomendações que sobre esta matéria têm surgido. Há matérias com as quais estamos de acordo e outras sobre as quais temos reservas. O grupo parlamentar vai apresentar várias propostas no sentido de melhorar o documento”, afirmou Berto Messias. Messias assegurou igualmente que o Grupo Parlamentar do PS não abdicará de garantir a qualidade no serviço prestado às populações bem como a segurança e a proximidade, independentemente do concelho e da ilha de residência. “Que fique muito claro. A Reforma da Saúde tem como objetivo manter o bom Serviço Regional de Saúde numa lógica de sustentabilidade a longo prazo”. O líder parlamentar socialista recordou, a propósito, que o PSD/Açores defendeu que a Saúde nos Açores passasse para a responsabilidade do Governo da República. “Não aceitamos a alternativa do PSD. Entregar a Saúde ao Governo da República, como defendeu o PSD, constitui um retrocesso autonómico inaceitável.” Berto Messias criticou ainda os partidos da oposição que, numa matéria tão importante e sensível como a Saúde, preferem fugir ao debate com o objetivo de tentarem instrumentalizar a opinião pública. “Não é aceitável que se crie o pânico com mentiras e se lance alarmismo nas populações só porque há eleições autárquicas”. O líder do PS na Assembleia Legislativa dos Açores referiu ainda a necessidade de evitar que o debate político resvale e apelou ao sentido de responsabilidade dos partidos de oposição. “Todos são livres de criticar. Mas, o exercício político exige seriedade. Exige que se apresentem alternativas. Exige que, em nome do interesse público, se fale verdade. Exige uma postura construtiva em nome dos açorianos. Os Açores não ganham com a permanente conflitualidade, com o clima de permanente guerrilha política. O debate político sobre a Saúde deve ser sobre as propostas e as alternativas e não baseado em ataques pessoais e no oportunismo político com vista ao calendário eleitoral. Deixo por isso um apelo aos partidos da oposição em nome da sustentabilidade e da qualidade do Serviço Regional de Saúde. Apresentem propostas e contributos positivos. A discordância faz parte da democracia, mas isso não deve impedir que trabalhemos todos em conjunto em benefício dos Açores e dos açorianos. O Grupo Parlamentar está disponível para promover o consenso em nome do interesse público”, concluiu.