Base das Lajes: PS lamenta tentativa de aproveitamento político

PS Açores - 30 de novembro, 2012
O Presidente do Grupo Parlamentar do PS Açores, Berto Messias, lamentou, esta sexta-feira, que o CDS/PP prefira a lógica da guerrilha partidária num momento em que é necessária união na defesa dos trabalhadores da Base das Lajes. "O PS constata, com pena, que no momento em que deve haver união de todas as forças políticas para defender os direitos dos trabalhadores e das suas famílias, haja um partido que opta pela guerrilha partidária", afirmou. O líder da bancada socialista considerou muito estranho que o CDS-PP acuse o Governo dos Açores de falta de empenho na defesa dos interesses dos trabalhadores da Base das Lajes quando este foi o único partido que optou por faltar à ronda de contactos que, a propósito da Base das Lajes, o Executivo Regional promoveu no passado mês de Março. Desde que no dia 28 de Fevereiro de 2012 - na sequência de uma reunião entre o Secretário de Estado norte-americano e o Ministro da Defesa português - foi dado conhecimento ao Governo Regional da possível intenção da administração dos EUA de reduzir a presença americana nas Lajes, foram desenvolvidas várias diligências pelo Executivo açoriano com vista a salvaguardar os interesses regionais. "Logo após conhecer a intenção norte-americana, o Governo iniciou uma ronda de auscultações com instituições e personalidades da Terceira. Em Março, e no seguimento de uma reunião com o Primeiro-Ministro, o Governo Regional auscultou os partidos políticos, representantes parlamentares, sindicatos e a Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo. O CDS/PP foi o único que optou por não reunir com o Governo", lembrou Berto Messias. O Presidente do Grupo Parlamentar do PS Açores recordou ainda que, em relação à Base das Lajes, a defesa dos direitos dos trabalhadores e respetivas famílias merece total responsabilidade e união política. "Numa altura em que os EUA anunciam a intenção de reduzir fortemente a sua presença na Terceira, espera-se seriedade e responsabilidade e não tentativas de aproveitamento político que só prejudicam os interesses dos Açores", defendeu Berto Messias. A presença norte-americana nas Lajes resulta do Acordo de Cooperação e Defesa, assinado, em 1995, pelo Estado português e os EUA.