Berto Messias desafia Berta Cabral a ir para o Parlamento apresentar propostas para ajudar os açorianos

PS Açores - 24 de fevereiro, 2011
O líder parlamentar do PS/Açores desafiou, hoje, a presidente do PSD/Açores a assumir o seu mandato de deputada e a apresentar propostas concretas para resolver os problemas dos açorianos, em vez de optar por remeter para as eleições de 2012 supostas medidas de combate ao desemprego. “Apelo à Presidente do PSD/Açores que reconsidere a postura de esconder as suas propostas na área do emprego e que tenha a coragem de apresentá-las, caso existam”, afirmou Berto Messias, numa declaração política sobre emprego e competitividade no plenário que está a decorrer na cidade da Horta. Salientou, por isso, que Berta Cabral, que já se considerou como candidata a Presidente do Governo Regional, deve assim “assumir o seu mandato de deputada e apresentar, neste Parlamento, olhos nos olhos, as soluções que supostamente tem para melhorar a vida dos açorianos”. Numa declaração sobre as jornadas parlamentares do PS/Açores, que se realizaram no Pico, Berto Messias garantiu que ao Governo Regional “nunca lhe passou pela cabeça dizer que tinha boas propostas para os açorianos, mas que eram só dele, para que ninguém as conhecesse”. “Recentemente assistimos, estupefactos, a um exercício inacreditável de desresponsabilização por parte do PSD/Açores e da sua Presidente, quando afirmou que as propostas concretas do partido na área do emprego não são apresentadas agora e vão ser orientadas para o programa eleitoral do partido às eleições de 2012”, recordou o deputado socialista. Segundo Berto Messias, esta opção de Berta Cabral configura “a maior falta de respeito que se pode ter para com os açorianos desempregados”, uma vez que adia as suas supostas soluções para este problema por “mero tacticismo partidário”. Na sua declaração perante os deputados açorianos, Berto Messias disse, também, que as evidências demonstram que o PSD/Açores está desorientado, como ficou provado no processo do alargamento da remuneração compensatória às autarquias. “Afinal, a remuneração compensatória, que era a mais injusta das medidas do mundo, afinal vai ser aplicada na Câmara Municipal de Ponta Delgada”, afirmou Berto Messias, lembrando que a aplicação da medida até mereceu a congratulação dos deputados municipais do PSD, que votaram a favor de um voto apresentado na última Assembleia Municipal de Ponta Delgada. “O PSD em Ponta Delgada congratula-se com aquilo que o PSD rejeita no Parlamento Regional”, concluiu Berto Messias, para quem, “no meio destes PSD´s, fica a drª Berta Cabral, a tentar arranjar argumentos para justificar aquilo que a autarca aplicou, mas que a líder regional achava que era muito mau e injusto”. Sobre Emprego e Competitividade, Berto Messias garantiu que são, para o PS/Açores, “duas áreas que estão intimamente ligadas, que devem co-habitar permanentemente, uma vez que são dois braços de um mesmo corpo que é a economia regional”. “É, por isso, que deixamos a garantia a todos aos açorianos: o PS/Açores nunca permitirá que a competitividade económica se faça à custa dos direitos dos trabalhadores açorianos”, assegurou. Perante os deputados açorianos, o deputado socialista lembrou ainda que, de 1986 a 1996, na governação social-democrata, o número de desempregados aumentou 17 por cento sem que se verificasse, pelo contrário, qualquer crise económica comparável à que se vive actualmente no País, na Europa e no Mundo. “Dados do credível INE indicavam ainda que, no espaço desta década, o número de trabalhadores açorianos passou de 88.500 para 88.530”, recordou Berto Messias, ao realçar que a política de emprego da Região dessa década apenas conseguiu criar, em média, três empregos por ano. “Actualmente somos a região com a mais baixa taxa de desemprego do país, ao mesmo tempo que aumentamos em 24 por cento o número de açorianos a trabalhar desde 1998, passando dos 91.163 para os 112.596 trabalhadores”, concluiu o líder parlamentar, para quem o novo Plano Regional de Emprego, que vai vigorar até 2015, tem um objectivo claro: que os Açores sejam a melhor Região do país para se viver e trabalhar.