Comunicado de Imprensa sobre os trabalhos da Comissão de Inquérito ao Processo de Construção dos Navios Atlântida e Anticiclone

PS Açores - 8 de junho, 2010
Na sequência da conferência de imprensa do Grupo Parlamentar do PSD/Açores de hoje, sobre os trabalhos da Comissão de Inquérito ao Processo de Construção dos Navios Atlântida e Anticiclone: • O Grupo Parlamentar do PS/Açores vem manifestar o seu mais veemente repúdio pela total falta de respeito do PSD/Açores para com a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores e para com os depoentes que prestaram esclarecimentos em sede de Comissão. • Esta falta de respeito pelo órgão máximo da Autonomia fica bem patente quando o Grupo Parlamentar do PSD/Açores antecipa o que considera devem ser as conclusões, quando esta Comissão, que integra todos os partidos representados no Parlamento, está sensivelmente a meio dos seus trabalhos. • O Grupo Parlamentar do PSD/Açores, como tem sido seu apanágio nos últimos meses, opta pelo “circo mediático” deste processo, em detrimento da serenidade e bom senso que devem nortear os trabalhos desta Comissão de Inquérito, dando razão a todos aqueles que já perceberam que o PSD/Açores nunca esteve realmente interessado em esclarecer a matéria objecto da Comissão de Inquérito. • Para isso, o Grupo Parlamentar do PSD/Açores não se faz rogado em utilizar argumentos totalmente delirantes, constituindo-se como um factor de desinformação, mesmo que sacrificando o sentido de responsabilidade que deve estar inerente ao maior partido da oposição. • O delírio do PSD/Açores é bem evidente quando fala num suposto “acordo de cavalheiros”, matéria esta, sucessivamente desmentida pela maioria dos documentos e depoimentos em sede de comissão, exceptuando uma referência num documento elaborado por uma instituição que nem auscultou a empresa Atlanticoline, razão pela qual não há nenhuma conclusão sobre esta matéria específica. • O delírio roça o absurdo e revela desespero quando o PSD/Açores tenta envolver o Presidente do PS/Açores nas recusas de depoimentos presenciais em sede de Comissão. • Como tem sido público, o Grupo Parlamentar do PSD/Açores tem sido um factor de desestabilização constante do normal trabalho desta Comissão Parlamentar de Inquérito, numa posição totalmente oposta à de responsabilidade com que os restantes partidos têm desenvolvido a sua acção neste processo. • É totalmente ilegítimo, nesta fase, tirar quaisquer conclusões definitivas e muito menos afirmar que se está a pensar recorrer a instâncias judiciais, apenas e só, porque as conclusões não serão, eventualmente, as que o PSD/Açores pretendia desde início. • O Grupo Parlamentar do PS/Açores considera, por todas estas razões, totalmente descabida, insensata e incutida de má-fé política a posição manifestada, hoje, na conferência de imprensa, na qual não foi apresentada – aliás, como sempre - uma única prova do que afirmaram os senhores deputados sociais-democratas. • Com este comportamento, o Grupo Parlamentar do PSD/Açores provou, de uma vez por todas, que não tem qualquer interesse genuíno em contribuir para esclarecer esta matéria, assumindo, antes, uma posição truculenta, ao nível partidário, e desrespeitosa, ao nível político, de uma Comissão aprovada por unanimidade pelo Parlamento. • O Grupo Parlamentar do PS/Açores não está disponível para entrar neste jogo que o PSD/Açores vem, há muito tempo, a desenvolver sobre este processo, cujas regras são, unicamente, a falta de verdade, a contra-informação sucessiva e a constante ausência de responsabilidade política e partidária. • O PS/Açores e o seu Grupo Parlamentar, que viabilizou a constituição desta comissão, não compactua com esta forma de fazer política, que dá mais importância a um microfone do que a um Parlamento, e reitera, por isso, a sua total disponibilidade para o esclarecimento do objecto da Comissão de Inquérito. • O Grupo Parlamentar do PSD deixou que a incompetência e a inabilidade políticas dessem lugar ao desespero e, ultrapassando todos os limites da sã convivência democrática, tentou disfarçar as insuficiências próprias com aleivosias e acusações gratuitas, que descredibilizam a actividade política e deixam marcas profundas na imagem do trabalho parlamentar.