Berta Cabral esconde realidade financeira de Ponta Delgada

PS Açores - 4 de junho, 2010
Comunicado de Imprensa do Secretariado de ilha do PS/São Miguel Perante a legítima preocupação do Presidente do Governo pela degradação da situação económica e financeira de alguns municípios, que levou o Governo dos Açores a tomar medidas de apoio específico de emergência às autarquias dos Açores, a Presidente da Câmara de Ponta Delgada, em vez de assumir o problema e partilhar as soluções, resolveu enveredar por ataques personalizados destituídos de qualquer sentido, deturpando a realidade, baralhando números. Faltou à verdade tentando passar uma situação económica e financeira de Ponta Delgada que não corresponde em nada, infelizmente, à verdade. Ao contrário do que Berta Cabral tenta fazer crer o total do Passivo só da Câmara Municipal de Ponta Delgada, da Azores Park e do Coliseu Micaelense, era, no final de 2008, de 94 milhões de euros, o que representa já 45% do total do activo dessas 3 entidades e não apenas 20%, ou seja mais do dobro do que Berta Cabral afirmou. Basta ver as contas de gerências destas entidades para comprovar quem faltou à verdade. O caminho que a Câmara Municipal de Ponta Delgada tem seguido é preocupante e revela uma grande degradação da sua situação financeira, tendo a dívida bancária da Câmara aumentado 388% - repito 388% - desde que Berta Cabral assumiu funções. Isto é, só o endividamento bancário da Câmara é, no final de 2009, cerca de cinco vezes superior ao que era quando Berta Cabral iniciou funções. Mas a degradação da situação económica e financeira da Câmara está também a criar dificuldades acrescidas às empresas açorianas, sendo que a dívida a fornecedores do município já duplicou desde que Berta Cabral assumiu a presidência da Câmara. A este propósito, e tal como se constatou no Relatório e Contas de 2009 do Município de Ponta Delgada, cuja aprovação decorreu a 14 de Abril, a CMPD fechou o ano de 2009 devendo 5,4 milhões de euros a mais de três centenas de empresas privadas, o que, na prática, se traduz na asfixia financeira de centenas de empresários, agravando a crise que assola os Açores. A Câmara Municipal é uma parte do problema e não consegue ser uma parte da solução. Desesperada perante esta realidade Berta Cabral tentou mais uma vez confundir os açorianos, ao desviar as atenções e comparar com a evolução do endividamento regional. Mas também no caso da Região Berta Cabral perdeu uma oportunidade de ouro para estar calada. E vamos aos factos: quando Berta Cabral deixou de ser Secretária Regional das Finanças a Divida da Região era de 580 milhões de euros; agora baixou para 324 milhões de euros, ou seja, é hoje inferior em 256 milhões de euros daquela que Berta Cabral deixou quando saiu do governo há 14 anos. Por isso, a líder do PSD devia estar envergonhada: por não só ter aumentado cinco vezes nos seus mandatos a dívida da Câmara Municipal de Ponta Delgada, como pelo Governo do PS ter reduzido para cerca de metade a dívida que ela deixou à Região quando esteve no governo. Voltou a faltar à verdade, quando se referiu ao estudo do BPI sobre o endividamento total da região, afirmando que o valor referido era a dívida global do Governo, quando, na realidade, no valor contabilizado está também incluído a divida de todas as autarquias e empresas municipais dos Açores, sendo obviamente o valor da responsabilidade do Governo muito inferior ao referido por Berta Cabral. Omitiu também que o valor da divida açoriana é, como refere no estudo do BPI, cinco vezes inferior à da Madeira. Todos estes dados são facilmente comprováveis e evidenciam a irresponsabilidade com que a líder do PSD e Presidente da Câmara troca números e mente com inusitada facilidade e consciência.