Opinião

Confiança

As eleições autárquicas representaram um momento importante para o fortalecimento da nossa democracia e das instituições locais. Foram, acima de tudo, uma oportunidade para reforçar a ligação entre o poder político e os cidadãos, escutando as suas preocupações e projetando, em conjunto, o futuro das nossas comunidades.

Estas eleições autárquicas evidenciam que o Partido Socialista/Açores se tornou o partido mais votado na Região, reunindo mais de 49 mil votos, superando o PSD, que, mesmo em coligação, obteve cerca de 47 mil votos. Além disso, continuamos a ser o partido com maior número de mandatos nas vereações e Assembleias Municipais, fortalecendo a nossa presença e responsabilidade em todo o arquipélago, apesar de termos perdido uma Câmara e de não termos alcançado todos os objetivos inicialmente definidos, nomeadamente, em Ponta Delgada.

Vivemos uma campanha exigente, muitas vezes marcada por um clima de confronto que não ajuda à confiança na política. Mesmo assim, os açorianos souberam distinguir o que realmente importa: quem trabalha com serenidade, quem conhece as pessoas e quem acredita que o progresso se constrói com diálogo e cooperação.

É facto que mantivemos a liderança em grande parte das autarquias onde já tínhamos responsabilidades e estivemos muito perto de conquistar novas. Mas mais do que o número de câmaras, assembleias e juntas de freguesia, importa a certeza de que o PS continua a ser um partido presente em todas as ilhas, em todas as freguesias, em cada comunidade que acredita na força da participação e do serviço público.

Nunca é demais agradecer aos mais de 4.600 candidatos socialistas que integraram as listas do PS/Açores. Cada um, à sua maneira, contribuiu para fortalecer a nossa democracia, dando o seu tempo e o seu empenho às causas locais. O exemplo de cada um destes cidadãos é a melhor expressão do que é ser socialista nos Açores: estar ao lado das pessoas.

Sabemos que há muito por fazer. Por isso, seguimos com humildade e determinação, refletindo e aprendendo com os nossos erros, certos de que governar, em qualquer nível, é sempre servir.

O nosso compromisso não termina nas eleições nem nos resultados, renova-se todos os dias, na forma como escutamos, dialogamos e procuramos soluções.

É um compromisso com as pessoas, com a confiança que nos dão e com o dever de estar à altura dessa confiança.