Opinião

Dissonância

A 12 de setembro mais de 32 mil alunos regressaram à escola. Uns dias antes o Governo tinha anunciado que: “Total de 98,5% das necessidades docentes colmatadas no início do ano letivo nas escolas dos Açores”. Porém, entre anúncios de que tudo estava bem, começaram a surgir os casos que colocaram por terra o discurso otimista da Secretária da Educação. Os números ganharam rosto e voz! Os pais, em diferentes ilhas, em diferentes escolas, denunciaram situações de falta de professores, de assistentes operacionais e de bolseiros que colocam em causa o devido funcionamento das escolas. A Secretária responde, dizendo não conhecer os casos e remete a responsabilidade para os executivos das escolas. Também a posição dos sindicatos de professores veio confirmar o que está à vista de todos, menos do Governo. Ou será que não? Até sabe, mas não o admite. Anuncia necessidades pontuais e abre imensas vagas na BEPA. Muitas mais do que as que tinha anunciado. E só na véspera do arranque letivo toma conhecimento de mais de 200 assistentes operacionais de baixa? A dissonância é o novo paradigma. Anunciam maravilhas embora a realidade as desminta com factos de clareza cristalina.