Opinião

Iluminados

A nova estátua da Madre Teresa D’Anunciada tem feito correr rios de tinta, levantar muita celeuma e enervar uns quantos iluminados. Além disso, fez com que fossem arrancadas, sem dó nem piedade, as lajes da entrada do Convento da Esperança, para além de (também) ter sido à sua volta, que foi plantado, apesar de já retirado, um aro iluminado e às cores.
Crenças à parte, até porque nisso, cada qual é livre de crer no que quiser, parece um bocado insólito o que por ali se passou e (ainda) se passa. Começou a obra sem que ninguém nada dissesse; pedras picadas, cobertas e arredadas e veio o barulho; obra embargada; obra retomada e a declaração governamental: “a nova estátua da Madre Teresa D’Anunciada junto ao Convento da Esperança não perturba o imóvel classificado, mas os elementos decorativos devem ser melhorados através de nova proposta” … Aguardamos para ver a recolocação das pedras originais e (igualmente) os elementos decorativos, já que com as aplicações metálicas no pavimento, ninguém parece preocupar-se…
Outra obra na nossa Ponta Delgada é o Mercado da Graça. Começou, parou e nunca mais andou; também já fez correr muita tinta, acusações para lá e para cá, declarações inflamadas e demissões. Permanece ali fechado, dia após dia, e está a cidade sem mercado e os seus comerciantes a trabalhar em fracas condições…
Diz-se por aí, que depois da retirada da estátua da Madre Teresa D’Anunciada do lugar onde estava, antes desta barafunda e, noutra versão, será a vez de requalificar o espaço onde está o denominado “banco do Antero”. Confesso que – à vista dos últimos acontecimentos, por aqueles lados – até tenho medo do que possa vir a acontecer. Não vá algum dos iluminados lembrar-se e tirar da algibeira um outro aro de néon. Isto pela amostra do que se tem passado na nossa (outrora) “pacata cidade” … é questão (só) de esperar para ver.
Feliz Páscoa.