Opinião

A crítica

Uma elementar conquista de abril. Conheci o clima opressivo do 24 de abril. Havia deveres sem direitos. O uso de um simples isqueiro exigia licença. Como filho de Professores, soube da exigência de “prova para sustentar o cônjuge”. Era a sociedade do lápis azul da censura, da guerra inglória e insana, dos bufos e tribunais plenários, tortura, exílio, analfabetismo, miséria, doença … Hoje, a escola deveria ensinar isso às novas gerações. Os extremismos seriam entendidos e repudiados. Na sessão do 25 de abril na Assembleia da República, Bolieiro “encheu o peito” ouvindo as aleivosias políticas dos seus parceiros radicais do governo. Há dois anos que normalizam esta convivência espúria. Nesta 2ª metade final do mandato, vale tudo antes que seja tarde. Uma ex-governante aguarda por um “lugar com dignidade”! “Royalties”? É a displicência da banalidade do mal. Bolieiro afirmou em S. Jorge: “aceito que os representantes dos empresários alertem, não podem é criticar”. Convivência com os parceiros radicais ou saudades dos tempos sem críticas?