Opinião

Era uma vez...

Na América. A 6 de janeiro, o Capitólio foi invadido por uma horda insurreta, que pretendia sequestrar e assassinar alguns Senadores, e na prática impedir o formalismo de validar o resultado das eleições vencidas por Joe Biden. Empunhando a Bandeira da Confederação, a tentativa de golpe de Estado falhou, desde logo porque as Forças Armadas dos EUA mantiveram-se fiéis à Constituição e à a sua História.
Joe Biden tomou posse, lembrando que a "a Democracia é frágil, mas prevaleceu". E fez questão de logo assinar um conjunto de ordens executivas que significam um corte e inversão de marcha com o passado recente. Desde o uso obrigatório de máscara, aos regressos dos EUA ao Acordo de Paris e à OMS.
As medidas de combate à Pandemia, que a extrema-direita despreza, símbolo da sua negação marialva da ciência, menosprezando vidas, sobretudo dos mais velhos e mais pobres - foi um poderoso sinal de Biden. O mesmo se diga, ao nível das relações internacionais, quer com Aliados, quer com adversários. Pois que uma atitude de cooperação e diálogo com as organizações internacionais, seja ao nível da Saúde, seja a respeito da priorização do Ambiente e da preocupação com as alterações climáticas, vão permitir reposicionar a América do Norte como parceiro para um Mundo sustentável e Aliado imprescindível da Europa e da Ásia democrática, do mesmo passo que anunciam uma posição menos folclórica mas firme com a China, Rússia e Coreia do Norte, pondo fim ao pesadelo de uns EUA simpatizante de países autoritários, de que as equívocas relações com Putin e o líder Norte-Coreano foram estrambólico sinal.
Biden é assim sinal de esperança, desde logo que o "homem normal" que é possa surpreender, fazendo valer a sua longa experiência política, e contribuindo para um mundo mais justo e equilibrado.