Opinião

Ironias

Uma campanha eleitoral tem sempre aspetos semelhantes, ou, por vezes, inesperados. Já se percebeu que este ano se repetem as ladainhas de outros atos eleitorais, mas agora também com “ironias processuais” nunca vistas … Na falta de propostas existem os que injuriam nos debates, inventam números depreciativos para os Açores, ou enviesam as estatísticas, para além da obsessão com a maioria do PS. Tudo isto é pouco para quem reclama ter um projeto para os Açores. Compulsando algumas pérolas programáticas as ironias contraditórias sucedem-se, viagens mais baratas e menos dívida na SATA, mais e melhores recursos e meios na saúde, em todas as ilhas, e menos dívida no Serviço Regional de Saúde… Ironias dos incautos ou prevaricadores das equações mágicas! Como se isso não bastasse depois vem a recriminação da dívida regional, aceitando sem pestanejar que na Madeira ela é mais do dobro (93% do PIB) do que nos Açores (44% do PIB) e no país (119,3%). Mesmo quando indicam a taxa de abandono escolar esquecem a herança de 1996, 60% nos Açores e 40% no país, sendo a nossa recuperação de 33 pontos e no país 29% ... quando se fala em Rendimento Social de Inserção ignoram que temos 9 concelhos com médias inferiores à média nacional… É sempre útil conhecer o significado da média estatística… Os especialistas em puxar os Açores para baixo padecem de cegueira política e nunca valorizam os bons indicadores que os Açores apresentam. Vasco Cordeiro e o PS sabem que ainda há muito para fazer. Mas, nunca desistem do Povo dos Açores. Por isso, nos últimos quatro anos, na economia, nos apoios às famílias e empresas os resultados são nítidos: a) o PIB/2019 foi o maior de sempre (4,421 M€); b) mesmo com pandemia 4,9% na taxa de desemprego (2º trimestre/2020); c) o nº de desempregados baixou 46% face ao máximo de 2013 e reduziu-se para metade o nº de inscritos em programas ocupacionais; d) o Rendimento Disponível Bruto das Famílias cresceu 8,7%, entre 2012-2017; e) os sistemas de incentivos promoveram a criação de 2789 postos de trabalho; f) o investimento público na agricultura foi de 210 milhões de euros; g) no turismo passámos de 1,9 milhões de dormidas para mais de 3 milhões tendo havido um aumento de cerca de 48% nas receitas totais da Hotelaria Tradicional, de 70 milhões euros em 20116 para mais de 104 milhões em 2019; h) os apoios à contratação permitiram mais 57% de contratos a jovens com menos de 30 anos; i) o programa de manutenção do emprego garantiu 9600 postos de trabalho; ) a administração pública ficou com mais 498 técnicos superiores; l) na infância e juventude houve um crescimento de 16% de financiamento nas respostas sociais; m) a taxa efetiva de cobertura do pré-escolar atingiu os 88,1%; n) mais 4370 famílias com apoios à habitação; o) mais 268 profissionais de saúde, mais 19 342 consultas de especialidade e mais de 364 mil consultas, tudo isto na última legislatura. O PS continuará a puxar os Açores para cima com o apoio maioritário dos açorianos. Na hora da avaliação, o Povo dos Açores responderá à altura, mais uma vez, a todas as ironias dos que só sabendo puxar os Açores para baixo merecem esse mesmo patamar eleitoral.