Opinião

Liderar em tempo de crise

Em tempos de crise, como a que vivemos, vemos surgir na maioria das pessoas o melhor que têm, mas também proliferam os chamados “treinadores de bancada”, que nunca decidem e por isso nunca erram, que exigem humildade aos outros mas falam com arrogância, que se aproveitam da incerteza destes tempos, para atacar tudo o que de bem se faz, para alimentar ódios e ressentimentos que em nada beneficiam os Açorianos. Neste momento difícil os Açorianos sabem que têm ao seu lado uma pessoa capaz de os liderar. Uma pessoa - Vasco Cordeiro -, que soube arriscar quando foi necessário implementar as primeiras medidas de combate ao COVID-19, que não teve receio de fechar escolas, serviços públicos e privados. Que defendeu o encerramento do espaço aéreo nos Açores, que ordenou a suspensão da atividade comercial do Grupo SATA, que “fechou” ilhas para limitar a circulação e as deslocações para e na Região. Depois, quando foi necessário incrementar o nível de risco e decretar medidas mais severas e restritivas, como as cercas sanitárias, o Presidente do Governo dos Açores também demonstrou estar à altura do cargo que desempenha, protegendo a saúde dos Açorianos, mesmo com os constrangimentos que essas medidas causam no dia-a-dia de muitas pessoas. Sem esquecer as dificuldades do momento, o Governo dos Açores liderado por Vasco Cordeiro tem a perfeita a noção do cenário que enfrentamos, mas, mais importante ainda, tem a capacidade para garantir as respostas que vamos precisar no futuro, quando for preciso reerguer a nossa Região, juntos e com a serenidade que o momento exige. António Costa também tem sido muito elogiado a nível Europeu, pela defesa intransigente dos interesses nacionais, mas também pela exigência, ao mais alto nível, de uma Europa mais coesa e mais solidária, que seja verdadeiramente capaz de ajudar os cidadãos e as empresas. Uma palavra ainda para Rui Rio, enquanto líder da oposição nacional, tem sabido demonstrar que este não é o tempo para fazer política e para politiquices, colocando a saúde e o interesse nacional acima de qualquer luta partidária. Tem demonstrado uma atitude construtiva que também tem sido exemplo para outros países da União Europeia, mas, aparentemente, ainda não convenceu os seus militantes na Região. Por cá, nos Açores, ainda não temos Trumps e Bolsonaros, mas temos alguns políticos que estão mais empenhados em ganhar tempo de antena e visualizações, do que com o que verdadeiramente interessa neste momento, ou seja, a saúde pública dos Açorianos. E desenganem-se os que pensam que a nossa saúde se protege com medidas populistas, enviadas pela caixa do correio. Liderar não é só comandar pessoas, é muito mais do que isso, é ter a capacidade de motivar e preparar as pessoas para o futuro, sem esquecer a dura realidade que enfrentamos.