Opinião

Regresso às aulas, sem ir à escola

Boas decisões A boa decisão de não reabertura das escolas a 14 de abril foi ajuizada. A boa decisão de não existência de aulas presenciais este ano letivo para o ensino básico (TeleInfoEscola) e o 10º, 11º e 12º anos (InfoEscola) foi responsável. Um eventual regresso às aulas presenciais para o 11º e 12º ano, para as disciplinas objeto de exame para acesso ao ensino superior, será ditado pelo bem maior que é a saúde pública. Solução acertada e ajuizada O modelo remoto de ensino-aprendizagem, TeleInfoEscola, é essencial. Não, não é perfeito. Nunca o seria por não estarmos preparados para uma transição digital da nossa vida diária - este terá que ser o desígnio para o ainda e o próximo quadro comunitário da economia às escolas . Não sendo perfeita, a solução encontrada pelos Governos é mais acertada, ponderada e ajuizada do que encerrar o ano letivo a 16 de março, com passagens administrativas. Trabalhar para um acesso equitativo Teremos diferenças, muito em particular, com os alunos com necessidades educativas especiais? Claro que sim! A mitigação das diferenças com de alunos sem equipamentos informáticos está a ser respondida pelo Governo Regional, que irá distribuir mais de 2000 computadores, e por associações sociais. Neste capítulo as autarquias e juntas de freguesia, tal como fez a da Ribeira Grande, poderiam apoiar os alunos do seu concelho, pelo menos os do 1º ciclo; e as famílias sem acesso à internet? Não poderiam as poderosas operadoras até ao fim do ano letivo proporcionar gratuitamente o acesso à internet aos clientes com filhos a estudar? Aprendizagem, consolidar e avaliação O ciclo de conhecimento, onde se evidencia, a aprendizagem, a consolidação e a avaliação, é exigente. Mas é, desde logo pela nossa sobrevivência enquanto sociedade resiliente, que se incentive a aprendizagem, a consolidação e a avaliação. Certo, que a avaliação para cada aluno será ponderada caso a caso e de forma globalizante. Nada fazer era o pior que se poderia decidir. A total inatividade académica de milhares de crianças e jovens é prejudicial ao seu desenvolvimento. Pilotagem estratégica Os Governos da República e dos Açores têm tido a laboriosa missão, para além do combate à crise sanitária, de manter a sociedade em apneia para voltar à tona da água logo que seja possível. Perante a imprevisibilidade desta crise, o Governo regional pretende, com o assegurar da saúde pública, com uma pilotagem estratégica e por níveis de arranque, reiniciar a economia local - recordando que estamos com 3 ilhas sem nenhum caso da COVID-19 -, seguindo-se a regional e a internacional (dependente, e muito, do cenário mundial). E estes níveis de arranque da economia poderão ser um estimulante para o arranque das aulas presenciais em algumas ilhas. O Governo Regional, liderado pela decisão de Vasco Cordeiro, tem uma pilotagem estratégica que é sólida nas respostas imediatas e robusta na construção de um futuro.