Opinião

Reconhecimentos e alertas

- Destino turístico sustentável Os Açores receberam, no passado dia 5 de dezembro, o certificado de destino turístico sustentável, entregue pelo Global Sustainable Tourism Council (GSTC) - organismo internacional de acreditação para a certificação de turismo sustentável. A atribuição do certificado decorreu da avaliação de um conjunto de parâmetros, como a conservação da energia, da água, a emissão de gases com efeito de estufa, a qualidade do ar, a poluição ruidosa e luminosa, a gestão dos ecossistemas, os transportes e a gestão cultural e social. Esta distinção significa que os Açores são a primeira região do país e o único arquipélago do mundo a consegui-lo. O referido certificado, simbolizando, por isso, um enorme e importantíssimo reconhecimento internacional para os Açores, foi recebido pela Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo - Marta Guerreiro. Nada mais justo. Marta Guerreiro é o rosto de uma vasta equipa que, em 2017, começou o processo de certificação através da criação de uma “entidade coordenadora da sustentabilidade do destino turístico” para alcançar esta saborosa conquista. Muito se fez em pouco mais de dois anos. Sem folclore, com suor e muita competência. E, assim, ficamos todos a ganhar. Saibamos, agora, tirar todos os dividendos desta verdadeira chancela de qualidade. Não esquecendo nunca, tal como muito bem sintetizou Marta Guerreiro, que “o turismo só é bom para os Açores se for bom para os açorianos.” - Blue Azores – O Segredo Mais bem Guardado do Atlântico No passado mês de novembro, em São Miguel, foi apresentado publicamente um relatório científico resultante de duas expedições científicas da Fundação Oceano Azul aos Açores, em 2016 e 2018. O referido relatório científico, denominado Blue Azores – O Segredo Mais bem Guardado do Atlântico, analisa o estado de saúde dos ecossistemas marinhos avaliados nas duas expedições e contou com a presença muito significativa do presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, do ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, bem como do presidente da Fundação Oceano Azul, Tiago Pitta e Cunha, e da diretora executiva do Instituto Waitt, Kathryn Mengerink. Saibamos, neste caso, materializar, no calendário estabelecido, os alertas já vertidos no memorando de entendimento celebrado entre a Fundação Oceano Azul, a Fundação Waitt e o Governo Regional dos Açores, dos quais se destaca, no que concerne ao desenvolvimento de políticas de conservação marinha no arquipélago, a necessidade premente de se diligenciar pelo aumento de áreas com proteção total na zona económica exclusiva açoriana e, também, pela aplicação efetiva das áreas de conservação já existentes. Não esquecendo nunca, tal como consta do relatório, que urge dar prioridade à “política de conservação marinha, para que o uso do mar possa ser sustentável a longo prazo e os Açores possam permanecer um segredo muito bem guardado e protegido no Atlântico – ainda que à vista de todos.”