Opinião

Eleições europeias não são para os outros

As Eleições europeias são um importante instrumento para a expressão do sentimento do povo sobre as políticas europeias. As políticas europeias para regiões ultraperiféricas, como são os Açores, asseguraram, e é indispensável que continuem a assegurar, a comparticipação no apoio ao desenvolvimento e coesão regionais. Não podem, contudo, ficar restritas a uma simples soma ou diminuição de percentagens por eixo. É preciso interiorizar a ultraperiferia como parte integrante de uma Europa que se quer coesa e convergente no seu desenvolvimento. Entender e valorizar a ultraperiferia vai muito além do que hoje acontece. Para responder a esse desafio, o PS/Açores escolheu a 8 de fevereiro André Bradford para integrar a lista de candidatos ao Parlamento Europeu. Cai nele e nas estruturas do partido, a responsabilidade de representar, sempre primeiro, os Açores em Bruxelas e Bruxelas nos Açores, das áreas tradicionais, como a agricultura, pescas e mar, mas também nas áreas do desenvolvimento e investigação, onde a tecnologia espacial tem especial relevância. Para exigir, e bem, que em Bruxelas se entenda o papel das regiões ultraperiféricas, temos, desde logo, o desafio de mostrar qual o nosso papel na construção europeia e que começa com o nosso voto. Cada um de nós, ao olhar à sua volta, identifica a presença de apoios europeus. Do social à economia. E, nesta identificação da Europa nos Açores, os jovens têm um papel fundamental e onde a sua participação é crucial, não fosse, também, o caso de que nas eleições deste ano podem votar, pela primeira vez, jovens nascidos neste século. É preciso dar um sinal de mudança, com mais participação de jovens. É um desafio que não é dos outros. É de cada um de nós.