Opinião

O seu a seu dono

Na passada sexta-feira estava ao computador quando “caiu” na caixa de correio a notícia sobre a resolução do problema das acessibilidades há muito esperada. Sei, de antemão, a importância que esta questão tinha para Vasco Cordeiro e para o seu Governo, sei também a importância que os Açorianos sempre deram e dão aos transportes que, para uma região arquipelágica e afastada do continente português e europeu, assumem uma inquestionável prioridade para quem, como é o caso do Presidente do Governo, põe as pessoas em primeiro lugar. Por aquilo que me fui apercebendo nos últimos tempos, as negociações foram longas e demoraram mais do que seria expetável, mas com a sua conhecida tenacidade e sentido de estado e com a agilidade da equipa que o rodeou nesta tarefa, foi possível ao Presidente do Governo chegar a um entendimento com o outro lado da barricada, onde estava, segundo as suas próprias palavras, gente que se esforçou também para atingir este acordo final, temos de ser justos. Este percurso discreto, feito sempre longe dos holofotes, muitas vezes debaixo de críticas maledicentes de uma oposição que nada propõe de construtivo, permitiu ao Governo do Açores atingir os objetivos que há muito se propunha: reduzir significativamente as tarifas aéreas, liberalizar duas rotas e abrir a possibilidade da entrada das companhias aéreas de baixo custo. É evidente que este novo modelo, agora em fase final de negociação, vai ser bom para todos os Açorianos e servir melhor a economia da região. É por isso que devemos estar todos, sem exceção, satisfeitos com esta vitória. Lamentavelmente o líder do maior partido da oposição quis associar-se a este momento da pior forma: reivindicando louros para todo um trabalho que não foi seu, pondo-se em bicos de pés para aparecer na fotografia, tal como fazem os “emplastros” que andam por aí.