Opinião

Só o PSD/Açores não vê a evidência

Na ânsia de deitar abaixo, seja a que preço for, a política do governo socialista, o PSD/Açores perde a noção da realidade e espalha, inclusivamente, uma má imagem da nossa Região. Mas se por cá a miopia política impera, há quem, da mesma sensibilidade ideológica tenha uma noção diferente e teça rasgados elogios à execução política que vai sendo implementada em várias áreas. Comecemos pelo Presidente da Comissão Europeia, o social-democrata Durão Barroso. Falando a propósito da crise da União Europeia, das dificuldades do momento e da necessidade da política de coesão estar diretamente ligada a um objetivo de crescimento sustentável, referiu que os Açores são: “um excelente exemplo de uma região que soube usar a política de coesão como trampolim para modernizar os seus sectores tradicionais, diversificar a sua economia e prepará-la para o futuro”. (Diário dos Açores, 22-6-2012) Garanto que estas declarações foram feitas livre e espontânea vontade e não há indícios de que Durão Barroso tenha ensandecido. Na sequência de uma reunião da Comissão de Acompanhamento dos Programas Pro-Convergência e Pro-Emprego, que decorreu nas Furnas, ficamos a saber que Raúl Prado, responsável da Direção Geral de Política Regional da Comissão Europeia para Portugal, Espanha, Itália e Malta, considera que a aplicação dos fundos comunitários, através do Pro-Convergência tem sido muito proveitosa, útil e benéfica para a Região Autónoma. Na opinião de Raúl Prado, que ideologicamente se situa no grupo do PPE, da família social-democrata, “a aplicação dos fundos estruturais está a ser a mais correcta e adequada nos Açores, beneficiando de um ritmo de execução bastante satisfatório, apesar da actual conjuntura económica e financeira desfavorável” (Ibidem). Pelos vistos, os olhos que nos fiscalizam além-fronteiras têm uma opinião elogiosa sobre a aplicação dos fundos comunitários, com claros benefícios para o desenvolvimento da região e o bem-estar da sua população. A nível interno, ou seja, nacional, os resultados dessa política também têm sido reconhecidos. Em resposta a uma pergunta dos deputados do PSD/Açores na Assembleia da República, o Ministro da Saúde foi perentório quanto aos progressos na área da mortalidade infantil que baixou de 10,6%, em 1997, para 5,5% no presente: “Apesar das dificuldades inerentes a uma região periférica … a mortalidade infantil foi em média nos últimos cinco anos, inferior à de oito países da Europa dos 27, em 2010” (Açoriano Oriental, 2-7-2012). As evidências estão à vista e com tal clareza que os próprios correligionários do PSD as elogiam. Só não vê quem anda a olhar apenas para o próprio umbigo.