Opinião

Chama-se Governar

Enquanto a líder do PSD/Açores continuava na sua ronda frenética de campanha eleitoral, o Governo Regional dos Açores esteve reunido com os parceiros sociais na procura de soluções que permitam minimizar os efeitos do desemprego na Região e compensar as empresas pela falta de crédito bancário. O Governo Regional dos Açores não fez mais do que a sua obrigação, mostrando uma atitude activa e de auscultação dos representantes dos empresários e dos sindicatos, num processo que culminou com a formalização de vários instrumentos de apoio às empresas, num montante global de 140 milhões de euros. Além disso, o Governo Regional anunciou um total de 24 medidas que constam do Programa para a Promoção do Emprego e Competitividade, que tem uma dotação de 29 milhões de euros e que vai incidir sobre milhares de açorianos na criação ou manutenção de um posto de trabalho. Esta foi a actividade prioritária do Governo Regional nas últimas semanas, atacando de frente e com recursos significativos disponíveis a questão do desemprego, num processo em que privilegiou o diálogo e que, culminou, com soluções concretas, com metas quantificadas e público-alvo perfeitamente definidos. É por isso lamentável que, no dia seguinte ao Governo ter anunciado 24 medidas para combater o desemprego, a Presidente do PSD/Açores não tenha mais nada para dizer do que acusar o Governo Regional de "andar em campanha eleitoral", sem se concentrar nos problemas dos açorianos. Ficamos, assim, todos a saber como pensa a Presidente do PSD/Açores: todo o seu raciocínio está sempre moldado por uma visão partidária e direccionado para a campanha, como, aliás, se provou pela sua actuação enquanto Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada. Mesmo quando o Governo Regional direcciona os seus melhores esforços para minimizar o desemprego, a Presidente do PSD/Açores acha que se trata de campanha eleitoral, desrespeitando os parceiros sociais que se envolveram neste processo de boa-fé e os desempregados açorianos que encontram esperança nas medidas agora anunciadas. Na verdade, o que custou à Presidente do PSD/Açores foi ver um Governo activo e inovador que, sem baixar os braços, actuou perante um problema real e que preocupa muitos açorianos. O que custou à Presidente do PSD/Açores foi constatar que o PS continua a responder aos problemas que atingem os Açores de forma pronta e eficaz. O PS/Açores não se importa nada que a Presidente do PSD/Açores chame a isso o que quiser chamar. Nós chamamos governar!