O Grupo Parlamentar do PS/Açores alertou hoje para os sucessivos adiamentos do Programa Regional de Rastreio do Cancro do Pulmão, considerando inaceitável que uma das doenças oncológicas mais mortais na Região continue sem uma resposta concreta e operacional por parte do Governo Regional.

Para a deputada Marlene Damião, “cada ano de atraso representa diagnósticos tardios, menor probabilidade de sobrevivência e maior sofrimento para os doentes e suas famílias”.

A socialista sublinhou que o rastreio ao cancro do pulmão é uma ferramenta essencial de saúde pública, sobretudo para populações de risco, permitindo detetar a doença em fases precoces e aumentar significativamente as hipóteses de tratamento eficaz.

“Estamos a falar de um programa aprovado em 2023, financiado pelo PRR, que continua no papel e que já foi adiado para 2026, sem explicações claras nem garantias de cumprimento”, afirmou.

Para o PS/Açores, estes atrasos prolongados contribuem para agravar desigualdades no acesso aos cuidados de saúde, colocando os Açorianos em clara desvantagem face a outras regiões onde programas de rastreio semelhantes já estão em funcionamento. O diagnóstico tardio implica tratamentos mais agressivos, internamentos prolongados, maior pressão sobre o Serviço Regional de Saúde e um impacto profundo na qualidade de vida dos doentes.

Nesse sentido, o Grupo Parlamentar do PS/Açores entregou um requerimento ao Governo Regional a exigir esclarecimentos sobre as razões concretas dos adiamentos, o grau de execução do investimento previsto no PRR, o calendário efetivo para o arranque do rastreio, bem como a preparação dos profissionais de saúde e a estratégia de sensibilização da população-alvo.

“O Governo Regional não pode continuar a adiar respostas numa área tão sensível como a oncologia. O rastreio ao cancro do pulmão é urgente para ajudar a salvar vidas e reduzir a mortalidade na Região”, concluiu Marlene Damião, reafirmando que o PS/Açores vai continuar a exigir prazos claros e responsabilidade política em defesa da saúde dos açorianos.

Vila Franca do Campo, 20 de dezembro de 2025