Marta Matos denuncia falta de estratégia do Governo para a Cultura e o Desporto

PS Açores - Há 2 horas

A Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores, Marta Matos, afirmou hoje, no Parlamento, que o Plano e Orçamento para 2026 revela um Governo sem estratégia para duas áreas essenciais ao desenvolvimento humano da Região: a Cultura e o Desporto, lamentando que o Governo não cumpra “as suas responsabilidades”.

Na sua intervenção, a socialista acusou o Governo Regional de continuar a desvalorizar o papel do Desporto na saúde e no bem-estar das populações, ao cortar 2,3 milhões de euros a esta área setorial na proposta de Plano para 2026.

A deputada destacou ainda que o Plano e Orçamento para 2026 prevê reduções significativas aos projetos Desporto, Crianças e às instalações desportivas, afirmando que “se dependesse apenas do Governo Regional, o Desporto nos Açores já tinha acabado!”, citando a “triste avaliação” que fazem as próprias associações do setor.

Na área da Cultura, Marta Matos constatou que se mantêm na Proposta de Orçamento para 2026 “a opção pelo subfinanciamento do setor com a afetação de apenas 0,68% das verbas globais do Plano”, dizendo quese há coisa que a Cultura nunca foi, comprovadamente, para este Governo foi central ou prioritária”.

“A Cultura dos Açores nunca valeu para este Governo sequer 1% do orçamento regional”, rematou, denunciando a ausência de investimento consistente e a incapacidade do Governo em reconhecer o setor como elemento estratégico.

“E como se os sinais de abandono e de desvalorização não fossem ainda suficientes, eis uma nova ausência de um Diretor Regional da Cultura, agravando a instabilidade de um sector já fortemente penalizado”, relembrou ainda, completando que “quando for nomeado o próximo Diretor Regional da Cultura será o 5º em cinco anos de governação. Mas a este respeito já disse também publicamente a senhora Secretária “não ter pressa nenhuma”.

Marta Matos concluiu afirmando já se ter entendido “que a situação financeira que o Governo criou à Região, o deixa sem dinheiro para pagar e que, com os governos de direita, os primeiros a serem sacrificados são a Cultura e o Desporto”, acrescentando ser “urgente que o Governo Regional pense a Cultura o Desporto a longo prazo, no âmbito de um plano e de uma estratégia mais ampla, que assegure condições para a formação, desenvolvimento e afirmação destes setores”.

 

Horta,24 de novembro de 2025