A candidata à autarquia da Ribeira Grande, Lurdes Alfinete, pretende candidatar a Paisagem da Cultura do Chá a Património Imaterial da Humanidade da UNESCO, “ou não fosse a Ribeira Grande terra das únicas plantações de chá da Europa, um marco deveras importante”, referiu.
Em causa a plantação de chá do Porto Formoso e da Gorreana, nas freguesias do Porto Formoso e da Maia, respetivamente, “verdadeiros ex-líbris da costa norte, pontos de paragem obrigatórios para quem visita a nossa magnífica ilha e situadas, precisamente, no nosso Concelho”, salientou.
Candidatar a Paisagem da Cultura do Chá a Património Imaterial da Humanidade da UNESCO “resulta de um desejo comum de ambos os proprietários, manifestada em reunião connosco, e que irá fortalecer e garantir esta herança, assegurando um compromisso com o futuro, salvaguardando as tradições, a etnografia e a economia da Ribeira Grande”, concluiu.
A candidatura da Paisagem da Cultura do Chá “trará, também por esta via, a Ribeira Grande ao lugar de destaque que merece, como o Concelho açoriano que mais produz em diferentes áreas: na agricultura, nas pescas, na construção civil”.
Lurdes Alfinete conclui que “o trabalho da autarquia tem de ser, sempre, o de valorização da sua terra e das suas gentes e, com esta candidatura, assegura-se o registo e a memória de gerações e gerações de Ribeiragrandenses, homens e mulheres, que se dedicaram e continuam a dedicar a cuidar desta magnífica cultura que não se limita só a São Miguel ou aos Açores, pois é reconhecida em toda a Europa”, salientou, terminando: “nas folhas de chá, leva-se a Ribeira Grande ao mundo”.