Francisco César exige revisão do modelo de mobilidade que penaliza os Açorianos

PS Açores - Há 6 horas

O líder do PS/Açores e deputado à Assembleia da República, Francisco César, defendeu, esta quinta-feira, a necessidade urgente de rever o atual modelo do Subsídio Social de Mobilidade (SSM), alertando que o sistema em vigor representa um claro retrocesso para os cidadãos açorianos, ao agravar os custos das deslocações aéreas entre a Região e o continente.

De acordo com o socialista, que intervinha durante o debate na Assembleia da República, “os açorianos não estão hoje melhores do que no passado”, porque com a imposição, pelo PSD/CDS-PP, de um teto máximo de 600 euros no SSM, “vão ter de continuar a adiantar o valor da passagem para só depois poderem receber o reembolso”.

“Com este modelo, o Governo está a afetar diretamente o direito à mobilidade dos açorianos e a colocar em risco a continuidade territorial”, denunciou.

Reiterando que os açorianos terão sempre de pagar mais por causa da imposição do teto, Francisco César apontou, ainda, o impacto negativo que o atual modelo representa na oferta do número de voos.

“A forma como o modelo está desenhado desincentiva a entrada de novas companhias aéreas e contribui para a redução da oferta de voos para os Açores. Sem concorrência real, os preços aumentam e os Açorianos ficam reféns de uma mobilidade limitada”, alertou.

Para o PS, a solução para que estes problemas possam vir a ser resolvidos passa pela revisão do atual modelo e pela eliminação do teto de reembolso.

“Defendemos um modelo que funcione para as pessoas, e não contra elas. É preciso garantir acessibilidade, previsibilidade e justiça. O que propomos é simples: eliminar o teto máximo de reembolso e repensar o sistema para que responda verdadeiramente às necessidades de quem vive nas ilhas”, finalizou Francisco César.