O candidato do PS às eleições legislativas nacionais de 18 de maio, Sérgio Ávila, esclareceu, esta segunda-feira, que o financiamento de 137 milhões de euros para investimentos portuários e aeroportuários na Região resulta de uma decisão tomada em 2020, por um Governo da República socialista, em articulação com um Governo Regional também do PS, e não de qualquer iniciativa do atual executivo nacional, como afirmou recentemente o PSD.
“É bom clarificar e responder com verdade”, afirmou Sérgio Ávila, para salientar que “a atribuição da dotação do fundo de coesão de um montante de 137 milhões de euros, que serão operacionalizados no âmbito do Programa Sustentável 2030, foi uma decisão de 26 de agosto de 2020, do Governo da República do Partido Socialista com o Governo Regional de então, também do PS”.
Frisando não ter havido “nenhuma decisão da parte do atual Governo da República sobre essa matéria, apenas a sua operacionalização”, o socialista lamentou que “cinco anos depois da atribuição desse montante, nenhum destes investimentos esteja concretizado ou iniciado”.
O candidato socialista, que falava à margem de uma visita à OperTerceira, expressou, ainda, a sua preocupação face a um problema que tem sido transversal a empresários e consumidores: a crescente instabilidade no transporte marítimo de mercadorias, com impactos diretos no abastecimento das ilhas.
“É impensável, em pleno século XXI, que comece a faltar nas nossas superfícies comerciais produtos como iogurtes, ovos, frutos e legumes”, referiu, apontando para a degradação do serviço desde outubro do ano passado.
“Já não há previsibilidade, há enormes falhas que fazem com que os nossos empresários não consigam adquirir os produtos necessários, que as nossas empresas exportadoras não consigam exportar e que os consumidores deixem de ter acesso a bens essenciais”, afirmou Sérgio Ávila.
Acompanhado do líder do PS/Açores e cabeça de lista às eleições legislativas, Francisco César, o socialista Sérgio Ávila defendeu a necessidade urgente de reformular o atual modelo de transporte marítimo de mercadorias.
“A nossa proposta é muito clara: fazer a análise de um novo sistema de obrigações de serviço público de transporte marítimo de mercadorias. O atual sistema está desadequado da realidade, não responde às necessidades das empresas, dos consumidores, nem da economia regional”, acrescentou.
“O que é bom, o que foi bom, que foi uma afetação de 137 milhões de euros de fundos comunitários para investimentos de portos e aeroportos, não foi da responsabilidade do atual Governo da República. O que é mau, que é a degradação do transporte de mercadorias, é claramente responsabilidade do atual Governo da República. E isso resume tudo o que viemos aqui dizer”, finalizou o candidato socialista, Sérgio Ávila.