Joana Pombo Tavares: Governo Regional do PSD/CDS/PPM desistiu de combater as térmitas

PS Açores - 15 de março

Joana Pombo Tavares acusou, no debate do Programa de Governo, a coligação PSD/CDS/PPM de ter “desistido de qualquer estratégia para fazer um real e efetivo combate às térmitas nos Açores”.

Falando na cidade da Horta, a vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS realçou que este programa de Governo “não aponta qualquer rumo no combate às térmitas”, algo que estava patente no Programa de Governo de 2020 e que, salienta, “nunca foi cumprido”.

“Em 2020 o Governo da coligação disse que ia desenvolver novas estratégias no combate às pragas, dando especial atenção à problemática do denominado ‘sismo silencioso’ e que a Universidade dos Açores deveria assumir um papel preponderante no estudo e nas estratégias deste combate”, mas esta foi, apontou Joana Pombo Tavares, “uma estratégia completamente abandonada e que não foi aplicada, ao longo dos últimos três anos”, lembrou.

A deputada socialista considerou que o Governo Regional “regrediu 20 anos no combate às térmitas”, ao “excluir a Universidade dos Açores deste trabalho”, realçando que a academia Açoriana “aportava uma importante carga científica na abordagem a este problema”.

Joana Pombo Tavares salientou que o Governo Regional “colocou armadilhas para as térmitas em todas as freguesias dos Açores”, mas criticou que “cerca de metade não tenham sido recolhidas para estudo”.

“A estratégia escolhida por vós não é uma estratégia correta, porque colocaram 1314 armadilhas e retiraram pouco mais de 600. Existe uma armadilha que indica um novo foco de infestação, mas nessa freguesia o Governo Regional acabou por não retirar armadilha nenhuma. Existem também ilhas, como a ilha das Flores que, de 50 armadilhas colocadas, o Governo recolheu cinco”, sublinhou.

“O Programa de Governo é completamente omisso nesta matéria. O que sabemos é que aquilo que o Governo PSD/CDS/PPM reconheceu como um ‘sismo silencioso’ em 2020, hoje já não o é. Nos últimos três anos tivemos um aumento descontrolado desta praga, o que coloca em causa a segurança de pessoas e bens, por todas as nossas ilhas”, salientou a vice-presidente do GPPS, Joana Pombo Tavares.