PS votou contra Orçamento Municipal para 2023 por considerar documento “muito aquém do necessário e possível”

PS Açores - 29 de dezembro, 2022

Os deputados municipais do Partido Socialista eleitos à Assembleia Municipal de Ponta Delgada votaram contra o Orçamento Municipal para 2023 por considerarem que o documento “fica muito aquém do necessário para enfrentar um ano que será marcado pela maior inflação dos últimos trinta anos e por uma grande quebra do poder de compra, e por o mesmo ficar muito aquém do que era possível realizar com a estrutura de receitas que o município terá ao seu dispor ao longo do próximo ano”.

Os socialistas reconhecem que “ao nível das receitas houve a preocupação de tentar desonerar o esforço contributivo dos particulares e das empresas, medidas que defendemos no passado e que naturalmente mantemos o apoio”, todavia, para os socialistas “a afetação de recursos, as prioridades estabelecidas e as opções tomadas ao nível da despesa ficam muito aquém do desejável e das dificuldades que as empresas e os munícipes vão enfrentar”.

A situação económico-social que se projeta para 2023 nos Açores será marcada pela “acentuada redução do rendimento disponível das famílias e das empresas, todos os segmentos sociais serão atingidos. A Câmara Municipal de Ponta Delgada, bem como outros poderes públicos, têm a obrigação de contribuir para o esforço de mitigação da situação que assola as pessoas, as famílias e as empresas”.

A conjuntura, proveniente do crescente aumento da inflação e das taxas de juros de empréstimos bancários, provoca o abrandamento da atividade económica com as devidas repercussões no desenvolvimento do concelho e com efeitos perniciosos para a generalidade da população e empresas do concelho de Ponta Delgada, “exigia a criação de um plano e orçamento focado nos reais problemas e mais proactivo na criação de programas e medidas de dinamização económica”.

Para os socialistas, e atendendo aos diversos indicadores que projetam uma conjuntura económico-social, no próximo ano, ainda mais difícil do que já é atualmente, com impacto no custo das energias, da alimentação, da habitação e de muitos outros bens essenciais, “importava adotar medidas robustas para atenuar uma conjuntura financeira, económica e social desafiante e exigente, a CMPD ficou muito aquém desse esforço”.