Governo regional não estabeleceu critérios rigorosos para vacinação nas Instituições de Solidariedade Social dos Açores

PS Açores - 5 de março, 2021

“As audições realizadas esta quarta-feira, na Assembleia Regional, confirmaram a falta de orientações atempadas por parte do Governo dos Açores para assegurar um processo mais transparente na primeira fase de vacinação, provocando dúvidas quanto à identificação das pessoas a vacinar remetendo essa responsabilidade a cargo das Instituições de Solidariedade Social e deixando em suspenso pessoas que eram consideradas prioritárias para a vacinação”, realçou Tiago Lopes, depois de ouvidos os representantes das Misericórdias e Instituições Particulares de Solidariedade Social.

O deputado do Grupo Parlamentar do PS/Açores, membro da Comissão de Assuntos Sociais, considera que “com dados factuais reportados pelos representantes das instituições nesta audição, a informação não foi transmitida atempadamente às entidades que estavam identificadas na primeira fase de vacinação, deixando ao critério de cada instituição quem deveria ou não ser vacinado”. Tiago Lopes falava após a audição do representante da União Regional das Misericórdias dos Açores (URMA) e do representante da União Regional das Instituições Particulares de Solidariedade Social dos Açores (URIPSSA).

O Grupo Parlamentar do PS/Açores lamenta que a desorganização do novo executivo tenha levantado suspeitas sobre alguns dos cidadãos que foram abrangidos nesta primeira fase. “O facto de se perceber que houve falta de articulação e o facto de sabermos que há uma grande concorrência na Europa para a aquisição de vacinas, agravam esta falha do executivo que acabou por deixar cidadãos açorianos a aguardar pela vacinação”.

Ainda esta semana foram públicas as preocupações dos doentes com patologias graves, que deviam ser vacinados na primeira fase, mas que ainda não o foram e não sabem quando vão ser. “O Partido Socialista está consciente que as vacinas contra a Covid-19 são escassas e que é preciso fazer opções quanto às prioridades, mas exorta o executivo a ser mais rigoroso e transparente nas orientações divulgadas”.