PSD apresenta proposta populista que vai contra a política de eficiência energética praticada em todo o mundo

PS Açores - 11 de dezembro, 2018
Reduzir custos e a fatura energética das IPSS através da redução de consumo. É este o caminho que a bancada socialista defendeu, esta terça-feira, no parlamento açoriano. “É na melhoria da eficiência dos edifícios das Instituições Particulares de Solidariedade Social, através da substituição de equipamentos que permitem aumentar a eficiência energética, que devemos agir e não pela subsidiação do consumo”, considerou André Rodrigues em debate. O parlamentar salientou o papel “fundamental” das IPSS na sociedade: “São parceiros essenciais na implementação das políticas sociais na nossa Região que, em conjunto com o Governo dos Açores, construíram e constituem uma rede de respostas sociais ímpar no país, a qual é concretizada em todas as nossas 9 ilhas”. Ainda assim, André Rodrigues revelou que o Partido Socialista não pode concordar com a proposta do PSD que classificou como “populista e demagógica”: “Vai contra as políticas do Programa de Governo, vai contra o que foi definido no programa eleitoral do Partido Socialista e vai contra as políticas de eficiência energética praticadas em todo o mundo”, justificou. “Ainda hoje o Governo dos Açores anunciou a revisão do Proenergia, dotando-o de melhores condições de acesso, não só às IPSS, mas também a todos os privados que queiram substituir equipamentos e produzir energia elétrica por via das fontes renováveis. Também foi anunciado que, através do PO 2020, as IPSS vão passar a poder candidatar-se a esses fundos europeus importantes para a implementação destas medidas”, realçou o deputado. André Rodrigues relembrou também outro dos eixos de atuação da estratégia energética regional, a alteração de comportamentos: “através da aposta na formação dos técnicos, dos funcionários das IPSS e da realização de auditorias energéticas que promovam o diagnóstico dos consumos irão permitir identificar medidas a implementar e, por essa via, melhorar os consumos e melhorar a eficiência energética das IPSS”. O deputado socialista lamentou esta proposta do PSD que considerou “pouco credível” e que “não corresponde” às necessidades concretas das instituições. E não compreende como é que um partido que “apregoa todos os dias que quer menos governo, menos subsídios, menos impostos, menos receita, é o primeiro a apresentar propostas que aumentam a despesa pública e a criação de um novo subsídio”.