“Aceitação de seleções regionais em competições dependeria das federações internacionais” afirma Lúcio Rodrigues

PS Açores - 14 de janeiro, 2014
A integração de seleções desportivas regionais em competições internacionais, projeto de resolução apresentado pelo deputado monárquico, Paulo Estevão, assume-se como “um desenquadramento em relação à nossa realidade social, assim como do próprio país, carregando um grande cariz ideológico que em nada beneficiaria o desporto na região, uma vez que não é a questão competitiva que está em causa, muito pelo contrário”, afirmou Lúcio Rodrigues. O deputado socialista intervinha esta terça-feira, em plenário, na Assembleia Regional, na cidade da Horta. Para Lúcio Rodrigues, “não é linear que todas as federações internacionais aceitassem a integração competitiva das seleções açorianas” e a “criação de seleções regionais implicaria a eventual não participação nacional, diminuindo claramente a qualidade competitiva”. O deputado socialista destacou que “enveredar por esse caminho seria pôr em causa a posição de referência que o desporto açoriano já adquiriu, a nível nacional e internacional”, bem como o “atual regime jurídico de apoio ao movimento associativo desportivo”. Segundo reiterou Lúcio Rodrigues, “os Açores são titulares da maior taxa de participação desportiva federada do país”, contando a Região em 2012 “com cerca de 50 associações, 250 clubes e 23.376 atletas a praticar desporto”, contando atualmente também com “oito atletas no estatuto de alto rendimento nacional, mais de cinquenta equipas a participar nos respetivos campeonatos nacionais e cerca de trinta atletas em estágios ou seleções nacionais”. Por estes motivos, o deputado socialista sublinhou que “o projeto de resolução do PPM só deveria ser equacionado, se o movimento associativo desportivo assim o colocasse”, entende Lúcio Rodrigues. O parlamentar socialista considerou ainda que “este projeto de resolução pretende alcançar objetivos muito para além do desporto e da sua componente competitiva, nomeadamente ao nível político sobre o conceito de Autonomia e da integração dos Açores no país”, justificando assim o voto contra da bancada parlamentar socialista. “É importante continuar o trabalho desenvolvido até agora, mantendo e consolidando a nossa posição de referência no nosso país, que começa hoje a ter os seus frutos”, finalizou Lúcio Rodrigues.