PS/A quer Parlamento a ouvir administradores de empresas públicas antes de tomarem posse

PS Açores - 30 de novembro, 2013
“O Partido Socialista quer aprofundar a democracia e aplicar mais rigor ao funcionamento de toda a esfera pública açoriana”, revelou o Presidente do Partido Socialista dos Açores. Vasco Cordeiro falava este sábado à margem da reunião da Comissão Regional do Partido Socialista, a segunda a ocorrer depois do último Congresso. Segundo adiantou o líder dos socialistas açorianos, nesta Comissão foi aprovada a moção “Mais Transparência, Mais Democracia”, que consiste “numa proposta que o PS apresentará na Assembleia Legislativa Regional dos Açores, no sentido de garantir que os presidentes dos conselhos de administração das empresas públicas açorianas sejam ouvidos pelo Parlamento, previamente à sua entrada em funções”. Para Vasco Cordeiro, isso é algo de “muito significativo para o nosso funcionamento interno”, mas também “porque esta forma de avançar no aprofundamento da democracia é algo de inédito no nosso país”. Segundo considerou, “os Açores, por iniciativa do Partido Socialista, acabam por dar uma lição de aprofundamento da democracia e de mais rigor quanto ao funcionamento de toda a esfera pública”. Relembrando que noutras áreas, como é o caso dos apoios sociais, o Governo dos Açores da responsabilidade do PS “tem já demonstrado a construção de uma verdadeira Via Açoriana”, Vasco Cordeiro afirmou que “também neste aspeto da democracia e do seu aprofundamento, esta proposta do PS/A dá um contributo essencial para a construção da Via Açoriana, diferente daquilo que se faz a nível nacional”. No que diz respeito à análise da situação política, Vasco Cordeiro destacou a “constatação de que o Partido Socialista, atuando ao nível do Governo Regional dos Açores” é a “grande força de defesa da Região relativamente a uma austeridade que não conhece limites e que nos chega do Governo da República”. Face a este contexto, o Presidente do Partido Socialista salientou o papel que o Governo Regional tem desempenhado com um “conjunto de medidas que têm sido dirigidas às famílias e às empresas açorianas” e que, no seu global, “significam um apoio superior a 230 milhões de euros, que não estariam disponíveis caso estas famílias e empresas estivessem sedeadas no continente ou na Madeira”. Para o líder socialista, este é “um esforço muito significativo que deve continuar até ao limite das nossas competências e até ao limite dos nossos recursos”. Vasco Cordeiro reiterou que é “certo que o governo não pode fazer tudo, mas que não reste nenhuma dúvida de que o Governo dos Açores está a fazer tudo o que pode para ajudar as famílias e as empresas da Região”. Outro assunto em debate nesta Comissão Regional foi a preparação para as eleições europeias, relativamente às quais a Comissão Regional decidiu “mandatar o Secretariado Regional e o Presidente do PS para o tratamento desta questão e a preparação deste processo para as eleições europeias do próximo ano”, explicou Vasco Cordeiro. O Presidente do Partido Socialista dos Açores salvaguardou que, naturalmente, será indicado pelo PS/Açores um candidato que seja “conhecedor das temáticas e das problemáticas europeias e da sua relação com a governação da Região”, de forma a poder “contribuir para a defesa dos interesses dos Açores, mas também para a participação no processo de construção europeia”, adiantou. De referir ainda que nesta Comissão foram aprovadas mais de duas dezenas de moções, dedicadas a um conjunto muito variado de temas, como a educação, a cidadania e a interligação das relações entre poder regional e poder local. Na ocasião foi também eleita a restante mesa da Comissão Regional que é liderada pelo Presidente Honorário do PS/A, Carlos César. Assim, a mesa da Comissão Regional integra ainda Mark Silveira, Marta Couto e Rui Ataíde.