Vasco Cordeiro apela ao combate contra a destruição do País

PS Açores - 27 de abril, 2013
O Presidente do PS/Açores denunciou, este sábado, a tentativa de destruição do património político do PS que está a ser conduzida “num processo consciente, meticuloso, metódico que acarreta a destruição dos fundamentos da sociedade portuguesa como a conhecemos”. No discurso que proferiu, em Santa Maria da Feira, no XIX Congresso Nacional do PS, Vasco Cordeiro chamou a atenção para a “necessidade imperiosa do PS manter-se atento, vigilante e atuante” contra os ataques que o poder local, o serviço nacional de saúde, a escola pública e as autonomias regionais estão a ser alvo. “A coberto da atual conjuntura há quem queira fazer um ajuste de contas com as autonomias regionais, tentando reverter um processo que é condição essencial para a solidariedade”, afirmou o líder dos socialistas açorianos, dando como o exemplo a proposta de alteração da Lei de Finanças Regionais bem como a recusa do Governo da República em ajudar na recuperação dos estragos causados pelas intempéries. Para Vasco Cordeiro, “o PS não pode nem deve hesitar na defesa das autonomias regionais por que as autonomias regionais integram o património político do PS, desde a Assembleia Constituinte e em todos os momentos decisivos para o seu reforço e consolidação como as sucessivas revisões constitucionais, os Estatutos Político Administrativos e a Lei de Finanças Regionais”. Enfatizando que as autonomias regionais “acrescentam valor ao País”, Vasco Cordeiro destacou o património da ação governativa do PS no Governo Regional dos Açores que deve ser “motivo de orgulho” para os socialistas. “O facto é que, pela ação governativa do PS nos Açores, o défice açoriano é de 0,4 do PIB e a dívida pública representa apenas 19% do PIB quando, no País, o défice já está na casa dos 6% e o endividamento a caminho dos 120%. O facto é que, pela ação governativa do PS, os Açores são a Região do País que melhor tem resistido à recessão”, afirmou ao recordar que no arquipélago a recessão foi menos de metade do que no País e cerca de três vezes inferior à registada na Madeira. Vasco Cordeiro criticou ainda aqueles que agora se manifestam a favor do consenso e do diálogo quando, durante meses, ignoraram o apelo dos socialistas para a necessidade do consenso e do diálogo. “Não nos podemos enganar nem deixar enganar os portugueses quanto a esses cristãos novos do consenso e do diálogo”. Para Vasco Cordeiro, “sob o manto diáfano do consenso do PSD e do CDS, esconde-se a destruição do Estado Social e de tantas conquistas em benefícios dos portugueses” que fazem parte do património político do PS. Em alternativa, Cordeiro defendeu que o PS deve virar-se para a sociedade portuguesa. “Viramo-nos para quem nunca faltou ao PS sempre que o PS nunca faltou a Portugal”. Defendendo que o PS deve “liderar uma verdadeiro esforço de consenso com a sociedade portuguesa”, o Presidente do PS/Açores apelou aos trabalhadores, aos empresários, aos professores, aos médicos, aos funcionários públicos e “a todos aqueles que recusam assistir à destruição do País” para que aceitem dar um passo em frente “neste combate por Portugal”. Reiterando a necessidade de se falar menos em crise e de se apostar na força da confiança e no poder da esperança, Vasco Cordeiro preconizou ainda que os socialistas devem estar mobilizados não contra o Governo, mas a favor dos portugueses. O líder dos socialistas açorianos referiu ainda o teor do discurso do passado dia 25 de Abril que, na sua opinião, o “PS não merece nem o País precisava”.