“Portugueses cumpriram, mas o Governo da República do PSD e do CDS falhou”, afirma Berto Messias

PS Açores - 19 de março, 2013
O Presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores, Berto Messias, defendeu, esta terça-feira, no parlamento açoriano que “os portugueses cumpriram, mas o Governo da República falhou totalmente. O que se passou no âmbito da sétima avaliação da troica é o exemplo de que o Governo PSD/CDS está completamente desorientado. A sétima avaliação provou também que Vítor Gaspar não é Ministro das Finanças do País, mas sim um delegado da troica em Portugal, dando um péssimo exemplo de como se deve portar um governo neste momento de crise". "Tendo em conta todos os condicionalismos e, apesar disso, tendo em conta as opções políticas do Governo, é inquestionável que a governação nos Açores é muito melhor que a governação no resto do Pais como aliás, recentemente, foi reconhecido pelo PSD Açores quando decidiu abster-se na votação do Plano e Orçamento", afirmou Berto Messias. Intervindo no debate do Plano e Orçamento para 2013, Berto Messias lembrou que a conjuntura internacional e a austeridade nacional condicionam muito a elaboração do Plano e Orçamento da Região. “Temos que nos focar no que é essencial: o emprego, o apoio ao emprego, às empresas e às famílias nem que, para isso, tenhamos que adiar ou repensar investimentos em infraestruturas”. Para Berto Messias, nos documentos apresentados pelo Governo dos Açores destacam-se duas opções muito relevantes e que distinguem a prática governativa açoriana do resto do país: a manutenção dos apoios sociais e o combate ao desemprego. “Quando na Europa e no resto do País se cortam prestações e apoios sociais, nos Açores há a opção clara de manter, e em alguns casos reforçar, os apoios sociais. Em segundo lugar, o apoio ao emprego e a operacionalização da Agenda Açoriana para Criação de Emprego e Competitividade Empresarial são prioridades no Plano e Orçamento”. Por isso, o líder parlamentar socialista apelou a todos os que “se dizem contra a austeridade e contra os cortes nos apoios sociais, e se dizem a favor da manutenção dos apoios sociais e do combate ao desemprego, que apoiem o Plano e Orçamento”. Referindo-se ao anúncio de abstenção do PSD, Berto Messias saudou a nova postura do maior partido da oposição que “contrasta com a história recente do PSD que esteve sempre mais empenhado em fazer parte do problema e não da solução”. Apesar disso, o líder parlamentar socialista afirmou que o PSD “não pode ter posturas de esquizofrenia política. De manhã estão dispostos a colaborar, à tarde, voltam ao ataque e à guerrilha ao governo dos Açores. Não basta parecer. É preciso de facto ser coerente e responsável. Todos temos que estar concentrados no que é verdadeiramente essencial: o emprego e o apoio às empresas e às famílias”. O líder da bancada socialista terminou a sua intervenção lembrando que “nenhum governo pode dizer que fez tudo bem ou que resolveu todos os problemas. Mas qualquer governo tem obrigação de fazer tudo o que está ao seu alcance para ajudar os seus concidadãos. E é isso que está a fazer e que continuará a fazer o Governo dos Açores e o Partido Socialista".