Presidente do PSD/Açores quer “abrir as portas à troika da República”, alerta PS/Açores

PS Açores - 18 de abril, 2012
Presidente da Comissão Permanente do PS/Açores alertou, esta quarta-feira, para a “agenda escondida” da líder do PSD/Açores que “passa por abrir as portas de entrada da `troika da República´ nos Açores”. “Os exemplos já começaram a ser muitos e multiplicam-se de cada vez que a líder do PSD fala, como aconteceu na sua recente entrevista à RTP/Açores: nos impostos, na Saúde, nos aeroportos e nas passagens aéreas, nos combustíveis, no caso do serviço público de Rádio e Televisão e até no caso do navio “Atlântida””, afirmou André Bradford, em conferência de imprensa. Segundo o dirigente socialista, em todos estes casos, a Dr.ª Berta Cabral “apressar-se-ia, se pudesse um dia, a vender à República a nossa capacidade de decisão e as conquistas autonómicas, em troca e em nome de um resgate financeiro para a Região que não necessita”. “E não necessita porque foi capaz de manter as suas Finanças Públicas estáveis e equilibradas”, assegurou André Bradford, para quem a Presidente do PSD/Açores “parece ser a única pessoa no país que não quer aceitar que a Região tenha as suas contas públicas em bom estado”. Segundo recordou, o INE, o Banco de Portugal, o Eurostat, a Comissão Europeia, o FMI, o BCE, o Tribunal de Contas e o Governo da República confirmaram os números da dívida que a Região tinha apresentado e todas estas entidades “visaram o estado de equilíbrio das Finanças Regionais, desmentindo a Dr.ª Berta Cabral”. “Nem o Primeiro-Ministro e Presidente do PSD, Passos Coelho, conseguiu convencer a Dr.ª Berta Cabral, ao dizer, no último Congresso do PSD, que a situação dos Açores não se comparava com os problemas financeiros com que se deparam o continente e a Madeira”, afirmou o Presidente da Comissão Permanente do PS/Açores. “Há um desespero quase indisfarçável nas palavras da Dr.ª Berta Cabral: além de prometer tudo a todos sem saber como pagar, pede agora uma resposta financeira quando a Região não precisa, não se coibindo de colocar os Açores e os Açorianos numa condição de subserviência financeira e domínio de facto da República, sem que, felizmente, a Região precise disso”, concluiu André Bradford.