O Porta-voz do PS/Açores criticou hoje, na cidade da Horta, a postura do maior partido da oposição e do seu líder face à concretização de obras por todo o arquipélago.

PS Açores - 7 de março, 2007
1 - O PS/Açores constata, com satisfação, o elevado grau de cumprimento por parte do Governo dos Açores do contrato eleitoral celebrado com os açorianos. 2 - Efectivamente é, num clima de plena liberdade e descompressão da sociedade civil, de paz social e de sustentabilidade financeira que ocorrem na Região um amplo conjunto de reformas políticas e institucionais, bem como de importantes investimentos estruturantes, que se traduzem em obras necessárias ao nosso desenvolvimento. No capítulo das reformas institucionais, nunca é demais relembrar, porque a memória de alguma oposição é muito minguada, a revisão da Lei Eleitoral, que torna mais justo e mais plural o nosso sistema político; a revisão da Lei das Finanças das Regiões Autónomas, que faz pela primeira vez justiça à nossa realidade arquipelágica e aos seus sobrecustos e garante estabilidade e previsibilidade financeira à Região; o Quadro de Referência Estratégica para os Açores, em que pela primeira vez o Parlamento açoriano participou e deu parecer relativamente ao seu conteúdo e que, relativamente ao programa anterior, consubstancia um aumento de verbas de cerca de 25% - bem como ainda a reforma do Estatuto Político-Administrativo, em fase já de concretização no âmbito da respectiva Comissão. 3 - Estas estratégicas reformas imateriais têm sido acompanhadas nos Açores por um audacioso plano de investimentos, seja na rede viária, nas infra-estruturas sociais e de saúde ou nos equipamentos culturais e desportivos, em escolas, portos, aeroportos… 4 - Sabemos que os açorianos têm consciência deste esforço e da sua importância para o nosso desenvolvimento e bem-estar colectivos. Por isso mesmo seria razoável esperar que a oposição, de forma crítica mas construtiva, designadamente através do seu maior partido, também constatasse essa realidade, se alegrasse com ela e não se auto-marginalizasse. 5 - Infelizmente não é a isso que temos assistido. O PSD/Açores tem o passo trocado com a sociedade açoriana; gosta de carpir nas festas e de dançar nos velórios; angustia-se com as reformas que aprofundam a autonomia e parece ter vontade de dar quebrante a todas as obras em curso! Se a obra ainda não se iniciou, já devia ter começado; se está sendo feita, o PSD-Açores não gosta da cor dos azulejos; ou tem dúvidas sobre a sua rentabilidade; se é numa ilha, deveria ser na outra…E quando há obra, falta resultado! 6 - É claro que esta angústia geral do PSD/Açores serve de capa à falta de coragem para se opor a cada uma das obras em concreto, e revela a falta de um programa alternativo para governar os Açores. À semelhança das "tias" do Movimento Nacional Feminino, que com o fim da guerra colonial ficaram sem soldados para reconfortar, sempre que avança uma obra, o líder do PSD/Açores fica mais desempregado; sempre que avança uma reforma, Costa Neves fica mais isolado!