Carlos César diz que os interesses dos Açores estarão sempre em primeiro lugar

PS Açores - 9 de outubro, 2004
Na ilha das Flores, o Presidente do PS/Açores reafirmou o compromisso de fazer sempre mais pelo desenvolvimento das ilhas e o propósito de tentar fazer do arquipélago “a melhor região do País.”

Carlos César, nos próximos quatro anos, irá, acima de tudo, “continuar a colocar em primeiro lugar as pessoas, as açorianas e açorianos, a sua tranquilidade e o seu bem-estar.” As palavras foram proferidas na noite da passada sexta-feira, no Comício do PS/Açores que decorreu num edifício polivalente da Casa do Povo das Lajes completamente cheio.

O líder socialista açoriano disse mesmo que “não vende os Açores” e que a defesa dos seus interesses nunca estará, em quaisquer condições, na segunda linha da sua actuação. “Candidato-me para superar dificuldades, para vencer desafios, para prosseguir o progresso, para garantir a unidade dos Açores e para fazer da nossa terra a melhor região do País”, afirmou César, explicando assim as razões da sua recandidatura.

“Por um lado está a minha candidatura, uma candidatura de socialistas e não socialistas. Não é uma candidatura de um partido, é uma candidatura de uma diversidade de açorianos”, disse César, numa intervenção interrompida várias vezes por fortes aplausos, e perante largas centenas de simpatizantes, entre os quais se podia encontrar o ex-deputado regional do PSD José Francisco Fernandes. “Do outro lado, está uma candidatura de dois partidos que se juntaram à força por ordem dos pais”, acrescentou o líder socialista”, acrescentou.

Apesar de se confessar naturalmente “orgulhoso” da obra feita nos últimos oito anos, Carlos César disse estar também “impaciente para recomeçar o trabalho nos próximos quatro anos, para fazer mais e fazer melhor” do que o que foi feito até agora.

Em jeito de recado à Ministra da Ciência e Ensino Superior, o líder socialista disse que “a juventude açoriana não precisa de esmolas de turistas políticos”, e afirmou que o seu objectivo é fazer com que “nenhum jovem, seja do Corvo, das Flores ou de Santa Maria, interrompa a sua Educação e a sua Formação, deixe de prosseguir os seus estudos por falta de meios económicos”, para depois acrescentar que “o Governo Regional aqui estará para ajudar a juventude açoriana.”

Num concelho onde a autarquia é social democrata, o Presidente do PS/Açores disse ainda que “se hoje, felizmente, na nossa terra, não há razões para temer o Presidente do Governo, porque dele só se pode esperar uma mão amiga, também não há razão para ter medo de nenhum presidente de câmara.”

Numa alusão a algumas farpas que lhe têm sido lançadas pela Oposição, César disse que “o Partido Socialista no Governo nunca pediu a ninguém para ser militante nem nunca perguntou a ninguém de que partido era.”

“Se há algo de que me orgulho no Governo é de nunca ter discriminado ninguém, e se há algo que não se pode dizer do Partido Socialista é que, para nós, uns eram filhos e outros enteados. Isso foi há oito anos atrás nos Açores”, sublinhou.

O Presidente do PS/Açores prometeu ainda mais apoios às empresas locais, o que será conseguido com o Fundo de Coesão, que discriminará positivamente as ilhas com menor ritmo de desenvolvimento, aumentar o trabalho na área da acção social, dos cuidados de Saúde (com mais investimento no equipamento dos vários serviços de saúde nas ilhas e a criação de um serviço de atendimento ao doente deslocado), da Educação e Formação Profissional (para que os jovens tenham “cada vez menos dificuldade em encontrar emprego”) e incrementar e apoiar as actividades turísticas nas ilhas mais pequenas.

No plano das Pescas, Carlos César comprometeu-se a modernizar a frota regional, a reconstruir infra-estruturas, melhorar equipamentos e a continuar o trabalho de reestruturação do serviço de lotas (colocando-o on-line, o que permitirá comprar, por exemplo, em S. Miguel pescado descarregado nas Flores). E, falando para os agricultores, lembrou que, nos Açores, se hoje não existem as “falências sucessivas de explorações agrícolas que estão a acontecer no Continente e noutros países da União Europeia”, isso se deve ao trabalho da governação socialista.