César promete duplicar oferta hoteleira da Região em oito anos

PS Açores - 8 de outubro, 2004
Na Povoação, o Presidente do PS/Açores lembrou dias difíceis e recordou o trabalho empreendido, deixando o compromisso de continuar o esforço de desenvolvimento daquele conselho, como de toda a Região.

Carlos César prometeu continuar o impulso no sector turístico na próxima legislatura, estabelecendo a fasquia nas 16 mil camas dentro de oito anos. O compromisso foi deixado na quarta-feira, no comício realizado no Ginásio da Escola Maria Isabel do Carmo Medeiros, na Povoação, que foi pequena demais para acolher todos os militantes e simpatizantes do Partido Socialista que ali se deslocaram.

“Vamos continuar a cumprir, dando mais passos para que, por exemplo, o contributo do sector turístico dos Açores seja cada vez maior para o nosso desenvolvimento económico e para a criação de emprego”, disse o Presidente do PS/Açores, para logo estabelecer um paralelo com o marasmo em que encontrava o sector antes de 1996. “No tempo do PSD, todos os anos o Turismo ia arrancar. Foi o que se viu. Connosco arrancou mesmo. Ele não cumpriram, nós cumprimos”, afirmou.

Lembrando ainda a pesada herança deixada pelos governos sociais democratas, César disse que “quando chegámos ao Governo havia poucos hotéis, uns degradados, outros a darem prejuízo e muitos deles quase falidos”, acrescentando que quem “falou muito” e “fez pouco” nessa área, “agora fala ainda mais e faria ainda menos.”

No entanto, como quis deixar claro, essa aposta no Turismo, não poderá ser feita, como não o foi até agora, em prejuízo dos sectores de produção tradicionais da Região. “O crescimento do sector turístico nunca se fará pela mão do PS em detrimento do sector da Agricultura ou do sector das Pescas se não tivéssemos investido na Agricultura e nas Pescas como investimos nestes últimos oito anos, o que se estava a passar nos açores era o mesmo que se passa no Continente ou em outros países da União Europeia, falências de explorações agrícolas, falências de pescadores dia sim, dia não, a desgraçar famílias sem conta por esses países fora. E isso não aconteceu nos Açores”, disse o líder socialista.

“Queremos que os Açores sejam a melhor Região do País. Queremos que os Açores continuem a crescer mais do que o País e mais do que a União Europeia. Queremos que os Comissários Europeus, quando visitarem a nossa Região, digam, como há um mês atrás o Comissário Jacques Barrot, que os Açores são um exemplo para o País e a União Europeia de sucesso na aplicação da política regional comunitária.”

Num registo emotivo, César recordou ainda os dias difíceis das calamidades que afectaram o concelho da Povoação. “Eu já vivi lado a lado, ombro a ombro, mão com a mão, nos piores momentos, e, com os povoacenses, reconstruí, dando às famílias afectadas bem-estar, tranquilidade e o regresso a uma vida normal”, disse, lembrando que “há um momento para o lamento e outro para a acção.”

Aos muitos povoacenses presentes, que encheram por completo o ginásio da Escola Maria Isabel do Carmo Medeiros, Carlos César deixou “uma mão cheia” de compromissos. Na área das acessibilidades, o líder socialista prometeu, para além do projecto das SCUT’s, a construção da estrada regional Barreiros/ Furnas, do viaduto Salto dos Cães, nas Pedras do Galego, da estrada dos Arrastadouros e a conclusão da estrada do Salto do Cavalo. Outros compromissos deixados foram a execução do Plano de Protecção da Bacia Hidrográfica das Furnas, a melhoria de caminhos agrícolas, a modernização da frota de pesca, a construção de novos equipamentos escolares, como o ginásio da Escola Secundária das Furnas, no plano social, a construção do centro de acolhimento de jovens, de um ATL, da ludoteca da Vila da Povoação e as melhorias da residência de idosos das Furnas e do lar de idosos da Povoação. O novo quartel de Bombeiros da Povoação, bem como o apetrechamento da corporação de novos equipamentos de combate a incêndio e a reconstrução de habitações degradadas também não foram esquecidos.

Vários projectos eu mostram bem também a diferença entre o projecto do PS/Açores e o da coligação de direita. “Estamos empenhados não em combater ninguém ou nenhum partido, mas em lutar para que nos próximos quatro anos o progresso da nossa Região continue. Pelo contrário, os nossos adversários da Coligação todos os dias falam mais de nós do que falam dos Açores”, acrescentando que, “a coligação PP/ PSD parece, a cada dia que passa, agravar o relacionamento nesse casamento por conveniência que celebraram para estas eleições. Pelos vistos, nos comícios, tudo indica que, em vez de estarem, como era natural, em lua de mel, casados há poucos dias, já cada um dorme em quarto separado.”