Opinião

Compromisso

Os tempos que vivemos exigem que a responsabilidade política não seja nem adiada, nem mascarada. A situação das finanças públicas regionais é motivo de grande preocupação, e não apenas para quem acompanha de perto os números do orçamento. É, sobretudo, motivo de preocupação para cada cidadão que sente no seu dia a dia os efeitos das más escolhas do Governo Regional.

Em 2026, os Açores só poderão investir com recurso a fundos comunitários. À primeira vista, pode parecer que isso garante alguma margem de manobra, mas na realidade significa que muitas áreas essenciais ficarão para trás.

Não gostamos de ter razão antes do tempo. Quando denunciámos os riscos da má gestão financeira e, consequentemente, apresentámos propostas, fomos apelidados de “profetas da desgraça” e de “teóricos do caos”, mas a realidade veio mostrar que a seriedade em política é fundamental.

A diferença é que, enquanto o PS falava com responsabilidade e apresentava soluções, o Governo Regional do PSD, CDS e PPM, apoiado pelo CHEGA, preferiu ignorar os alertas, alimentar ilusões e gastar sem critério. Hoje, vemos o resultado dessa escolha: uma Região fragilizada e incapaz de responder às necessidades mais básicas dos açorianos.

Esta não é, portanto, uma surpresa. O que está em causa não é apenas um exercício de contas. Está em causa a qualidade de vida dos açorianos, a confiança no futuro e a capacidade de responder às necessidades mais básicas da nossa comunidade. O nosso papel é o de encontrar soluções e propô-las. É o de olhar para a frente, com responsabilidade.

Exige-se uma gestão responsável das finanças públicas. Uma gestão que saiba investir onde é preciso, apoiar os cidadãos e garantir que cada euro gasto é um euro bem aplicado. Não é tempo de dramatismos, mas de seriedade. Não é tempo de promessas fáceis, mas de compromisso firme com as pessoas.

É isso que defendemos. Não abdicaremos de lutar pelos Açores e pelos açorianos. O nosso compromisso é claro e inabalável: estaremos sempre ao lado dos açorianos para garantir um futuro mais justo, mais estável e mais digno para todos.