Opinião

Factos

Na semana que hoje termina, ouvi o Diretor Geral da OMS, fazer esta afirmação: “Temos de fazer tudo ao nosso alcance para nos protegermos e para protegermos os outros.” Ghebreyesus falava na habitual videoconferência de imprensa, transmitida da sede da OMS, em Genebra, na Suíça, na qual também se dirigiu aos que minimizam os efeitos da pandemia, ignorando que o coronavírus causa uma doença respiratória que é real, muito perigosa, tem bastante capacidade de propagação e mata. Estou certa de que Ghebreyesus não estava a falar para aqueles que parecem ter como passatempo favorito, o lançamento da desconfiança e o descrédito perante as medidas tomadas, mas não pude deixar de me lembrar desses. Dos que passam a vida, angustiados e alarmados, a tentar por todas as formas descredibilizar o que se fez e o que se faz. O Diretor Geral da OMS estaria certamente a falar para os “Bolsonaros” e “Trumps” deste mundo, cuja estatística comprova (e só não comprova a quem não quer ver) os efeitos da ligeireza na tomada de posição diante de um inimigo invisível. Num mundo livre de Covid, os Açores estariam (naturalmente) muito melhores; abertos, totalmente abertos, sem qualquer tipo de restrições. Acontece que, salvo raríssimas exceções, por aqui, sempre se soube que “temos que fazer tudo para nos protegermos e para protegermos os outros”; assim como (também) se sabe que somos todos humanos e que nos podemos enganar e corrigir. Uma coisa, porém, é certa: só não falha quem não faz. E, assim, como em quase tudo nas nossas vidas, entre os factos e os palpites, eu prefiro os factos. Os factos transparentes e objetivos. No mais: p´rá frente é que é caminho! ♦