Opinião

A força da nossa escolha, para uma voz Açoriana na Europa

Há dias foram noticiadas as principais conclusões do estudo encomendado à Universidade dos Açores sobre a abstenção eleitoral nos Açores. Cerca de 59,9% dos inquiridos responsabiliza os níveis elevados de abstenção pela falta de interesse pela política. Esta divulgação acontece a dias de mais um ato eleitoral, que na sua estreia, em pleno mês de calor, julho de 1987, obteve uma elevada participação de 72%, contra os 34% de 2014. De 1987 a 2014 o nível sócio financeiro da população evoluiu. O acesso à informação é abundante. Estes dados crescentes confrontam-se com o decrescente número de votantes, quando é sabido que, porventura, não existirá investimento à nossa volta sem um forte contributo da UE. O que motiva a esmagadora ausência às urnas nas eleições europeias por parte de cidadãos com direitos e deveres? Será porventura a certeza de um Portugal democrático e Europeísta e onde nada poderá abalar esta condição, como se de direitos adquiridos se tratassem? Ou a descredibilização dos políticos? Ou aquela que é a reduzia influência e presença dos candidatos junto das massas eleitorais? São 21 deputados eleitos, em contraponto com centenas de eleitos nas eleições legislativas, nas regionais e nas autárquicas. Neste quadro de hipóteses, também tenho dúvidas se temos cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres ou uma maioria ciente apenas dos seus direitos. Na campanha eleitoral que decorre, o candidato do PS, André Bradford, tem-se desdobrado em visitas e sessões públicas para elucidar os benefícios da Europa para a vida dos Açorianos e a mais-valia dos Açores para o projeto europeu. Nos atos eleitorais, temos que nos exigir mais, e se tudo pode falhar que não falhe a nossa ação enquanto cidadãos plenos de direitos e deveres. Comecemos já no dia 26 com a força da nossa escolha, aumentando a participação eleitoral. Há que mostrar aos centralistas do Continente e à Europa, que esta Região Ultraperiférica acredita no projeto europeu e quer participar, desde logo através do seu voto, para que no futuro as nossas ações deem lastro a uns Açores participativos no projeto europeu, para além de recetores, e pela criação de um círculo eleitoral próprio. O voto dos Açorianos tem de garantir a defesa dos Açores na Europa. E só há um partido que nos garante essa representação. Não é o voto em branco, não é o voto disperso, mas sim o voto no PS. André Bradford, sei que és capaz de defender a especificidade do quadro económico-social dos Açores, reforçar a importância das políticas de coesão e de valorizar a ultraperiferia no projeto europeu. Junto o meu voto para que fales mais forte, com a tua voz, a única voz Açoriana na Europa. A 26 de maio, nos Açores, que vença os Açores , com a força da nossa escolha!