Opinião

O Calhambeque

Cavaco faltou à comemoração da República, porque tinha ânsias em que o companheiro Passos formasse Governo. Chumbado o Governo P e P, e assimilada ‘per angusta’ a democracia representativa, Cavaco já não tem pressa, e foi-se consolar das ofensas que o povo lhe faz para a Madeira. Desta vez, deixou as cagarras em paz e confirmou, a respeito da banana local, que o tamanho conta. Já regressado, tem ouvido, com irreprimível nostalgia corporativa, cão e gato, menos o Conselho de Estado. Entre mentes, o PSD autóctone está cada vez mais sucursal e alti-falante de Lisboa, mas já vai entranhando as agruras da representação democrática, roufenho ainda do brado de que vêm aí os comunistas. Mas isso tem dias… Porque dias há em que, num perigoso contágio de autocrítica marxista, o coordenador dos seus independentes, proclama alto e a bom som que é preciso voltar ao doloroso busca-busca da social-democracia perdida e, se preciso for (e vai ser, oh se vai) voltar à esquerda, talvez, quiçá, aguentem-me senão eu mato-me… à esquerda do PS! Então companheiros, com este PS, que vossas senhorias juravam que avermelhou? A esquerda está na moda, e a malta do ppd está disposta a tudo. Queres corridas?