Opinião

Vencer é possível

No passado domingo, deu-se início à campanha eleitoral para a Presidência da República que culminará com o acto eleitoral que terá lugar no próximo dia 23 de Janeiro. Tal como o havia sido no lançamento da candidatura à Presidência, Manuel Alegre quis que os Açores fossem o palco para o início de uma caminhada para Belém. Deste modo, largas centenas de açorianos - que ultrapassaram largamente um milhar - reuniram-se com o candidato num jantar no concelho da Ribeira Grande, o qual constituiu uma inequívoca manifestação de apoio ao candidato que melhores condições reúne para ser o Presidente de todos os portugueses e que ao longo dos anos tem sabido defender a liberdade, a democracia e a autonomia. Como Alegre afirmou no excelente discurso proferido perante uma vastíssima audiência que o aplaudiu calorosa e repetidamente, em relação aos Açores é notória e evidente a postura dos dois candidatos melhor posicionados na corrida a Belém. Enquanto Manuel Alegre honrou e publicamente demonstrou respeito e carinho para com a Autonomia e os Açores elegendo a nossa terra para apresentação da candidatura e arranque da campanha eleitoral, Cavaco a partir da Argentina – contrariando a regra por ele instituída de que não falava de assuntos internos, enquanto estivesse no estrangeiro – desferiu um ataque a uma decisão constitucional assumida por Carlos César no exercício dos poderes conferidos pela Autonomia. Na realidade, existem enormes diferenças entre ambas as candidaturas. Em relação a Cavaco verifica-se que se trata de uma propositura assente em dois partidos políticos do centro-direita - o PSD e o CDS/PP – que pretendem alcançar o poder através do apoio concedido ao candidato de Boliqueime. Ambos ambicionam a anseiam a criação de uma crise política que leve ao derrube do Governo, à dissolução da Assembleia da República e, consequentemente a realização de eleições antecipadas. No caso de Manuel Alegre, o apoio provem, na realidade, da sociedade civil e de um leque diversificado e abrangente de forças políticas que englobam o Partido Socialista, o Bloco de Esquerda, o Partido Democrático do Atlântico e até militantes destacados do CDS/PP. Por isso, não foi de estranhar que no passado domingo centenas e centenas de açorianos quisessem se associar ao primeiro dia de campanha eleitoral de Manuel Alegre, obrigando a organização, atempadamente, a aumentar a capacidade das instalações a fim de dar resposta às inúmeras solicitações dos que pretenderam, publicamente, dar apoio ao candidato que melhor representa a vontade dos açorianos e melhor defende os valores da Autonomia e da Constituição da República. Face ao entusiasmo crescente ao redor de Manuel Alegre, fruto do conhecimento do pensamento e das linhas programáticas do candidato e ainda pelas inevitáveis comparações com Cavaco Silva, cada dia que passa aumenta a certeza de que os portugueses em geral e os açorianos em particular saberão, na hora de decidir, a quem entregarão o seu voto. Nós, açorianos certamente não teremos qualquer dúvida! Trata-se escolher entre quem nos defende e quem nos ataca; quem defende a autonomia e quem ache que devemos vassalagem ao Terreiro do Paço. Por isso, apelamos a todos os açorianos que, independentemente de filiações partidárias ou de ideologias, reflictam seriamente e depositem conscientemente o seu precioso voto nas mãos do candidato que mais garantias dá aos Açores e à nossa Autonomia. Como o seu voto, com o nosso voto, com o voto de todos os autonomistas e democratas portugueses, madeirenses e açorianos iremos eleger Manuel Alegre e garantir a defesa dos direitos da Constituição e da Autonomia! Com Manuel Alegre, vencer é possível!