O líder do PS Açores, Francisco César, alertou este sábado para a situação crítica do Grupo SATA, sublinhando que “os trabalhadores não têm qualquer responsabilidade no estado da companhia” e denunciando as “ameaças e intimidações” de que têm sido alvo.
“É absolutamente inadmissível que, tantos anos depois do 25 de Abril, trabalhadores que apenas querem respostas sobre o seu futuro estejam a ser alvo de ameaças e intimidação”, afirmou o líder socialista, durante a apresentação do candidato Marco Silva à Câmara Municipal do Corvo.
Francisco César foi claro: “Os trabalhadores não criaram o problema da SATA. Eles servem a empresa, e servindo a empresa servem os Açores. Não é admissível que o Governo Regional tente disfarçar a sua incompetência culpando aqueles que são os únicos que podem ser a garantia da resolução deste problema”.
O socialista lembrou que, após cinco anos de governação da coligação PSD/CDS/PPM, apoiada pelo Chega, e depois de injetados perto de 450 milhões de euros na companhia, a situação continua sem solução. “Temos uma companhia aérea numa situação muito complicada. Não sabemos se a SATA Internacional pode sobreviver até ao final do ano e não sabemos o que vai acontecer aos trabalhadores do handling, que podem ver os seus postos de trabalho em risco ou mesmo ser despedidos”, alertou.
Francisco César acusou ainda o Governo Regional de ter falhado no processo de reestruturação. “Não sou eu quem o diz, são eles próprios que admitem que, se a SATA Internacional não for privatizada até ao final do ano, fecha. E que têm de privatizar o handling, colocando em risco os postos de trabalho de todos”, denunciou.
Para além da situação da companhia aérea, o Presidente do PS Açores alertou para os efeitos da má gestão financeira do atual executivo na vida dos açorianos. “Quando não se sabe gerir bem os recursos públicos, isso tem impacto direto na habitação, nas infraestruturas, no apoio às famílias e às instituições. Este Governo fartou-se de prometer obras nas freguesias e concelhos dos Açores, mas pouco concretizou. E agora, com um Plano de Investimentos assente apenas em fundos comunitários, as respostas às necessidades reais das pessoas ficam ainda mais comprometidas”, sublinhou.
A encerrar a sua intervenção, Francisco César destacou a candidatura de Marco Silva à Câmara Municipal do Corvo, elogiando a sua dedicação e compromisso com a população da ilha: “O Marco não quer ser o médico, o deputado ou outra coisa qualquer do Corvo. Ele quer ser apenas uma coisa: o Presidente da Câmara de todos os Corvinos. E só isto diz muito sobre ele”.