A candidata do Partido Socialista à Câmara Municipal de Ponta Delgada, Isabel Almeida Rodrigues, defendeu esta terça-feira uma “mudança urgente” na política cultural do concelho, considerando que “a cultura tem sido esquecida pelo atual executivo”, com consequências visíveis na falta de programação regular, apoio à criação local e acesso equitativo a atividades culturais.

“Ponta Delgada merece mais cultura. Faltam espaços dinâmicos e acessíveis para a criação e fruição cultural, sobretudo para os jovens e para a população mais envelhecida”, afirmou Isabel Almeida Rodrigues, sublinhando que “não basta inaugurar edifícios é preciso dar-lhes vida”.

Entre as propostas da candidatura socialista, destaca-se a criação de uma Rede Municipal de Cultura, que reative e dinamize os equipamentos já existentes, com uma programação contínua, plural e descentralizada.

“Esta Rede vai permitir valorizar os espaços culturais do concelho e criar sinergias entre artistas, associações e público, com oficinas comunitárias, apoio efetivo à criação local e acesso gratuito para jovens e seniores”, explicou a candidata.

Sublinhando ainda a urgência de agir face à proximidade de um marco relevante, Isabel Almeida Rodrigues apontou que “Ponta Delgada será Capital Portuguesa da Cultura em 2026 e não está, neste momento, minimamente preparada para o desafio”.

Conforme relembra a socialista, “há cerca de um mês a própria Comissão ‘Ponta Delgada, Capital Portuguesa da Cultura 2026’ admitiu um atraso nos trabalhos e, passado este tempo, continuamos sem nada saber quanto ao rumo dos trabalhos”.

Ainda assim, Isabel Almeida Rodrigues defendeu que Ponta Delgada se deve afirmar como um concelho onde a cultura é uma prioridade: “A cultura é um direito, não um luxo. É através dela que fortalecemos a coesão social, promovemos o pensamento crítico e valorizamos a identidade do nosso território. E é também com cultura que criamos emprego e atraímos turismo qualificado”.

A candidata socialista deixou o compromisso de dar “voz, espaço e meios” aos criadores locais, facilitando o acesso a espaços de ensaio, programação e divulgação.

“Queremos uma cidade onde os artistas não tenham de ir embora para poderem criar, e onde a cultura chegue a todas as freguesias, a todas as gerações e a todas as pessoas”, concluiu Isabel Almeida Rodrigues.