O líder do PS Açores, Francisco César, sublinhou este sábado a importância de um processo de reflexão interno que envolva todas as estruturas e militantes do Partido Socialista na Região, como passo essencial para o fortalecimento da ação política e o reforço da proximidade com os açorianos.
“Este é um dos vários momentos de reflexão, porque o Partido Socialista não pode fazer uma reflexão apenas fechada em quatro paredes”, afirmou Francisco César, à margem da reunião da Comissão Regional do PS/A, para salientar estar já em curso o processo de auscultação e debate interno que irá abranger todo o tecido partidário. “Já reuni o Secretariado, reuni agora a Comissão Regional, vou reunir os órgãos de ilha, depois os órgãos concelhios, porque temos, às vezes, de ouvir mais do que falar”, defendeu.
Reiterando que o PS Açores deve manter o foco naquilo que verdadeiramente importa, o líder socialista defendeu a importância de se “falar para as pessoas, responder aos seus problemas e dar respostas efetivas que demonstrem que o Partido Socialista não é um partido conservador, nem um partido do sistema, mas sim um partido que quer, efetivamente, mudar as coisas para melhor”.
Na ocasião, Francisco César abordou, ainda, o processo para as próximas eleições autárquicas, salientando que o PS/A tem “19 bons candidatos às Câmaras Municipais, às Assembleias Municipais e estamos também a trabalhar a nível das freguesias. Isto tem de ser feito junto das pessoas, porque é a partir do povo que conseguimos perceber quais são as melhores respostas a dar”, disse.
No plano da renovação interna, Francisco César destacou ainda os esforços em curso para alargar a base de participação no PS Açores: “Estamos a trabalhar na abertura do Partido Socialista, nos novos Estados Gerais, com os Sindicatos, com o tecido económico, com a Juventude Socialista e também com jovens fora da estrutura. O PS tem de se reestruturar, de se renovar, porque se não o fizer, o povo naturalmente irá fazê-lo e não é isso que queremos”.
Sobre as críticas que lhe têm sido dirigidas, Francisco César garantiu encará-las com espírito democrático e construtivo: “O Partido Socialista é um partido democrático. É normal que me façam críticas, se eu não estivesse sujeito à crítica era porque estava num outro partido, talvez mais à direita do PS, que aí nunca há críticas. Eu reflito sobre elas, considero-as, em alguns casos dou mais valor, noutros menos, mas ouço-as sempre, penso sobre elas e tento melhorar a minha ação a partir daí”, afirmou o líder socialista, Francisco César.