José Manuel Bolieiro é responsável pela desorganização e atrasos na retoma total do HDES, afirma PS/Açores

PS Açores - Há 12 horas

O deputado José Miguel Toste do Partido Socialista/Açores considerou esta sexta-feira que a audição de Carlos Pinto Lopes, atual administrador do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) e coordenador do grupo de trabalho criado pelo Governo Regional para a retoma da atividade e contabilização de custos após o incêndio, “revelou, de forma inequívoca, que a desorganização no HDES e a não retoma plena da sua atividade é consequência direta das escolhas políticas do Presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro”.

“É da responsabilidade do Presidente do Governo Regional, através do Conselho do Governo, a nomeação dos conselhos de administração das entidades públicas, bem como da sua manutenção e da sua exoneração”, frisou o deputado, relembrando que “o mau ambiente e desorganização referidos por vários depoentes ao longo das diversas audições e corroboradas hoje pelo atual administrador do HDES já eram do conhecimento do Governo Regional e que nada foi feito para colmatar essa situação por parte da tutela”.

José Miguel Toste sublinhou ainda que a decisão de avançar para a construção de um hospital modular é do Governo Regional, uma vez que o mesmo é propriedade da Região Autónoma dos Açores, alertando ainda para o facto de “passado um ano após o incêndio, ainda não sabermos quais as despesas a financiar pela República e para os riscos da demora na elegibilidade desses custos”.

“Durante a audição, Carlos Pinto Lopes afirmou que, aquando da sua nomeação para o grupo de trabalho, a decisão de avançar com o hospital modular já estava tomada e que a direção clínica tinha uma ideia muito clara para o futuro do HDES, que não incluía o regresso ao edifício principal” disse o deputado.

José Miguel Toste relembrou que o depoente assumiu ainda que a direção clínica teve grande influência na decisão da Secretaria Regional da Saúde e Segurança Social (SRSSS) de optar pelo hospital modular, mantendo um canal direto de comunicação com a Secretária Regional, sinais claros da desorganização que se verificava naquela unidade hospitalar.

“Estas declarações demonstram uma cadeia de decisões e omissões que culminaram na atual situação do HDES. A responsabilidade última por estas nomeações e pela manutenção dos responsáveis em funções, apesar dos sinais evidentes de desorganização, é do Presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro”, sublinhou o socialista.

O Grupo Parlamentar do PS/Açores exige que o Presidente do Governo assuma a responsabilidade política por esta situação e tome as medidas necessárias para restaurar a confiança dos Açorianos no Serviço Regional de Saúde.

 

Ponta Delgada, 09 de maio de 2025