Carlos Silva: Programa do Governo é de mera continuidade e agrava situação financeira da Região

PS Açores - 13 de março

Carlos Silva realçou, esta quarta-feira, que o Programa de Governo do PSD/CDS/PPM é “pouco ambicioso e de mera continuidade”, frisando que “agrava a situação financeira da Região”.

O deputado socialista falava na cidade da Horta, na semana em que se debate o Programa de Governo Regional do PSD/CDS/PPM.

Carlos Silva realçou que o Governo Regional foi “incapaz de aprender com os erros que cometeu nos últimos 3 anos”, nomeadamente na “gestão das contas públicas”.

O parlamentar do PS lembrou que foi o Governo Regional da coligação PSD/CDS/PPM que “permitiu a degradação financeira da Região, com sucessivos recordes no crescimento da dívida”, através do “crescimento da despesa fixa, do aumento das dívidas a fornecedores, da falta de pagamento dos apoios e dos elevados défices orçamentais, de mais de 860 milhões, nos últimos três anos”.

Carlos Silva destacou que, a cumprir este programa de governo, o Governo Regional do PSD/CDS/PPM irá “manter a falta de transparência e de rigor na gestão orçamental, manter o baixo nível de execução dos fundos comunitários que serviriam para resolver problemas de Habitação, da Saúde, das empresas e das famílias”.

“Aquilo que transparece do Programa do Governo é que este continuará a gastar muito mais do que o que tem, irá manter os atrasos nos pagamentos dos apoios e aos fornecedores e irá manter o crescimento galopante da dívida pública”.

Carlos Silva sublinhou que a política de “endividamento zero” que o Governo Regional diz seguir é uma “falsa narrativa”, uma vez que há um “flagrante desfasamento entre a realidade e o que consta do programa do Governo, em termos da abordagem à divida pública da Região”, exemplificando que o Governo PSD/CDS/PPM, só em janeiro deste ano, “apresentou um saldo orçamental negativo superior a 76 milhões de euros, ou seja, gastou mais do que devia”.

Carlos Silva lembrou ainda que o PS/Açores apresentou, no seu programa eleitoral, “medidas e metas concretas para redução do défice orçamental e para a redução do ritmo de crescimento da dívida bruta dos Açores”, ideias “ignoradas pela coligação”.

“A sustentabilidade das finanças públicas é uma condição relevante para a proteção da Autonomia e para melhor servir os Açorianos. É também por isso que o Partido Socialista não pode viabilizar um Programa de Governo que, não só não resolve os problemas existentes, como em muitos casos agrava-os de forma alarmante”, finalizou o deputado socialista, Carlos Silva.